sábado, novembro 26, 2011

Imposto de todos, benefícios para poucos e investimentos em quase nada


Após me dar conta da quantidade de imposto que pago, mediante o valor  que consta no meu contracheque, fico ainda mais indignada com a falta de estrutura pública da cidade em todas as áreas. Infra de saúde, educação, infraestrutura urbana e de cuidado com o patrimônio publico. A partir daí sinto-me ainda mais no direito de reclamar às autoridades por todos os direitos que me são devidos como cidadã e que faltam por descuido e manobras públicos. Afinal, onde é investido todo o montante dos impostos ararecadados?

Acabo de voltar de uma bicicletada na Lagoa Rodrigo de Freitas e fiquei mais incomodada ainda. Primeiro motivo: a Lagoa tem uma pista compartilhada para passeio, bicicletas, corridas e caminhadas, certo? Entende-se por via compartilhada , como aquela que deveria ser usada por todos de forma respeitosa, levando em consideração as leis de trânsito de pedestre e bicicleta. Ou seja, um lado vai e outro vem. Mas  há muitos usuários desse espaço public e compartilhado que gostam de caminhar e se exercitar ao lado do amigo, bloqueando a essa questão do compartilhamento da via e a coisa da mão dupla. Afinal para que que servem as regras de trânsito?

Mesmo que haja mil e um guardas municipais espalhados pela Lagoa, nenhum trata de organizar essa “coisa de trânsito”. Será que não cabe a eles? O pior é quando os mil e um guardas municipais, divididos em grupos de 3 ou 4 ou 7, resolvem andar em bolo ou na “formação muralha”(um ao lado do outro, bloqueando o trânsito de ultrapassagem pela via inteira) dando um uxemplo de desrespeito ao espaço public compartilhado. E se os guardas, que se dizem autoridade e cobram esse status no trato com os reles mortais, não respeitam e nem controlam o trânsito na via compartilhada, acredito que quem não conhece esse conceito de VIA COMPARTILHADA vai achar que está ok trafegar na via de qualquer modo.

Segundo motivo: Mau cheiro na orla da Lagoa inteira,  que devia envergonhar o Prefeito do Rio, o Governador e o Bradesco que convidam toda a população do estado a ver a inauguração da árvore de Natal da Lagoa hoje. Um papelão!!

Terceiro motivo: Os carros e caminhões e o pessoal que trabalham na organização de estruturas para realizar o mega evento da inauguração da árvore de Natal do Bradesco, na Lagoa, também não estão nem aí para a organização do tráfego no espaço public. Hoje, o que tinha de carros e caminhões bloqueando a pista da Lagoa, sem nenuma organização para alternativas de tráfego nesse espaço foi incrivelmente desanimador.

Com tantos esforços de obras para tornar a Lagoa bacana de se trafegar, de valorização desse famoso cartão postal do Rio, e investimentos para despoluir as águas dessa beleza natural, resta uma pergunta: eses esforços são para reforçar o conceito de espaço public e compartilhado? A Lagoa Rodrigo de Freitas com seu espaço maravilhoso ainda é para ser usada por todos?

Conclamo, aqui, que  o Bradesco, a Secretaria Municipal de Urbanismo, a Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado, EBX, investidores do Espaço Lagoon e do Clube de Regatas do Flamengo, Estação do Corpo atentem para essas questões de ordem pública e pensem que, apesar dos seus investimentos feitos às margens da Lagoa, da necessidade de atrair condumidores e fazer grandes eventos, há que se ter uma estrutura para que a usabilidade desse espaço public, no qual estão seus empreendimentos, não fique comprometida.

Como penasr em mais uma festa de reveillon na Lagoa, no Espaço Lagoon, sem pensar em respeitar o usuário do espaço da Lagoa Rodrigo de Freitas e na sua preservação? Como pensar em atrair public sem pensar na qualidade do espaço e sua salubridade, evitanto o mau cheiro? Prefeito e Governador, como pensar em trazer investimentos para a cidade sem respeitar seus cidadãos?

Fica a dia!

terça-feira, outubro 04, 2011

Poema de sete faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do -bigode,

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
 
 De Alguma poesia (1930)
 

domingo, julho 31, 2011

Senhores da informação e a desinformação atual

A reflexão sobre a informação que nos é oferecida, sua fonte e qualidade, faz parte da minha realidade há algum tempo. Os interesses políticos que permeiam toda a estratégia da informação provocam a desinformação da mior parte da população. E os apelos são grandes para que se acredite em uma ou outra informação que, por vezes, pode não ser coeente com a realidade dos fatos. Mas a gente sabe que, quando não se presencia um fato, é muito difícil poder julgar se o que falam que aconteceu é verdade ou não.

Infelizmente, lidamos com uma mídia mundial muito tendenciosa, com a qual deve-se tomar muito cuidado com o que se lê, de onde se lê e quem deu determinada informação. Muito mais taenção devemos ter com as falosas entrelinhas no que se lê. Sim, as informações, hoje, vêm com uma capa sob a qual existem muitas outras informações de interesses velados. Difícil?? Muito difícil poder ler com tranquilidade e achar que se está informado através de apenas um meio de comunicação. Mas, com um pouco de bom senso e memória (mesmo a do brasileiro sendo curta), dá para ter discernimento.

Vamos aos exemplos! A ONU fala da fome na Somália como sendo um reflexo da seca DESTE ANO, provocada pelas mudanças climáticas. - Ora, meus caros, tenho 28 anos e, desde que me entendo por gente, a Somália é um país famoso pela degradação e pela fome que mata milhões por ano...
E os EUA que estão em crise econômica e continuam mandando e mantendo milhões de tropas aos países árabes para manter uma "paz" no país e promover a "abertura política" dos mesmos, através da violenta dominação cultural do "Tio Sam" que já fez milhares de vítimas. Engraçado que todos os países em que os EUA entram são riquíssimos em petróleo... Será essa uma busca por manter o petróleo sob a "paz americana"? Por que os EUA não vão gastar o dinheiro dado pela sua nação levando comida e água e saúde aos países pobres da África?

Até agora não vi a grande mída falar dessa guerra pelo petróleo firmada pelos EUA há anos no Iraque. E também não vi notícias falando sobre a degradação de países da África pelos continentes ricos e ligando esse fato à pobreza e à fome que existe nesses países hoje. Também não vi escrito ainda um histórico científico do planeta Terra com suas fases climáticas desde anos, explicando a fase da Terra hoje, a superpopulação, sem dar mais ênfase a midiática mudança climática.

Por que tudo isso não é muito informado pela grande mídia se são informações fundamentais para o entendimento da realidade do mundo hoje? Por que existem senhores da informação se os grandes líderes do ocidente enfatizam a importância da democracia nos países?

Os assaltantes da consciência - texto do blog Conversa Afiada

Muitos cometemos o engano de  atribuir a Goebbels a idéia da  manipulação das massas pela propaganda política. Antes que o ministro de Hitler cunhasse expressões fortes, como Deutschland, erwacht!, Edward Bernays começava a construir a sua excitante teoria sobre o tema.
Bernays, nascido em Viena, trazia a forte influência de Freud: era seu duplo sobrinho. Sua mãe foi irmã do pai da psicanálise, e seu pai, irmão da mulher do grande cientista. Na realidade, Bernays teve poucas relações pessoais com o tio. Com um ano de idade transferiu-se de Viena para Nova Iorque, acompanhando seus pais judeus. Depois de ter feito um curso de agronomia, dedicou-se muito cedo a uma profissão que inventou, a de Relações Públicas, expressão que considerava mais apropriada do que “propaganda”.  Combinando os estudos do tio sobre a mente e os estudos de Gustave Le Bon e outros, sobre a psicologia das massas, Bernays desenvolveu  sua teoria sobre a necessidade de manipular as massas, na sociedade industrial que florescia nos Estados Unidos e no mundo.  O texto que se segue é ilustrativo de sua conclusão:

“ A consciente e inteligente manipulação dos hábitos e das opiniões das massas é um importante elemento na sociedade democrática. Os que manipulam esse mecanismo oculto da sociedade constituem um governo invisível,  o verdadeiro poder dirigente de nosso país. Nós somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos formados, nossas idéias sugeridas amplamente por homens dos quais nunca ouvimos falar. Este é o resultado lógico de como a nossa “sociedade democrática” é organizada. Vasto número de seres humanos deve cooperar, desta maneira acomodada, se eles têm que conviver em sociedade. Em quase todos os atos de nossa vida diária, seja na esfera política ou nos negócios, em nossa conduta social ou em nosso pensamento ético,  somos dominados por um relativamente pequeno número de pessoas. Elas entendem os processos mentais e os modelos das massas. E são essas pessoas que puxam os cordões com os quais controlam a mente pública”.

Bernays entendeu que essa manipulação só é possível mediante os meios de comunicação. Ao abrir a  primeira agência de comunicação em Nova Iorque, em 1913 – aos 22 anos – ele tratou de convencer os homens de negócios que o controle do mercado e o prestígio das empresas estavam “nas notícias”, e não nos anúncios. Foi assim que inventou o famoso press release. Coube-lhe também criar “eventos”, que se tornariam notícias. Patrocinou uma parada em Nova Iorque na qual, pela primeira vez, mulheres eram vistas fumando. Contratou dezenas de jovens bonitas, que desfilaram com suas longas piteiras – e abriu o mercado do cigarro para o consumo feminino. Dele também foi a idéia de que, no cinema, o cigarro tivesse, como teve, presença permanente – e criou a “merchandising”. É provável que ele mesmo nunca tenha fumado – morreu aos 103 anos, em 1995.
A prevalência dos interesses comerciais nos jornais e, em seguida, nos meios eletrônicos, tornou-se comum, depois de Bernays, que se dedicou também à propaganda política. Foi consultor de Woodrow Wilson, na Primeira Guerra Mundial, e de Roosevelt, durante o “New Deal”. É difícil que Goebbels não tivesse conhecido seus trabalhos.
A técnica de manipulação das massas é simples, sobretudo quando se conhecem os mecanismos da mente, os famosos instintos de manada, aos quais também ele e outros teóricos se referem. O “instinto de manada” foi manipulado magistralmente pelos nazistas e, também ali, a serviço do capitalismo. Krupp e  Schacht tiveram tanta importância quanto Hitler. Mas, se sem Hitler poderia ter havido o nazismo, o sistema seria impensável sem Goebbels. E Goebbels, ao que tudo indica, valeu-se de Bernays, Le Bon e outros da mesma época e de idéias similares.
A propósito do “instinto de manada” vale a pena lembrar a definição do fascismo por Ortega y Gasset: um rebanho de ovelhas acovardadas, juntas umas às outras pêlo com pêlo, vigiadas por cães e submissas ao cajado do pastor. Essa manipulação das massas é o mais forte instrumento de dominação dos povos pelas oligarquias financeiras. Ela anestesia as pessoas – mediante a alienação – ao invadir a mente de cada uma delas, com os produtos tóxicos do entretenimento dirigido e  das comunicações deformadas. É o que  ocorre, com a demonização dos imigrantes “extracomunitários” nos países europeus, mas, sobretudo, dos procedentes dos países islâmicos. Acossados  pela crise econômica, nada melhor do que encontrar um “bode expiatório”- como foram os judeus para Hitler, depois da derrota na Primeira Guerra -  e, desesperadamente, organizar nova cruzada para a definitiva conquista da energia que se encontra sob as areias do Oriente Médio. Se essa conquista se fizer, há outras no horizonte, como a dos metais dos Andes e dos imensos recursos amazônicos. Não nos esqueçamos da “missão divina” de que se atribuía Bush para a invasão do Iraque – aprovada com entusiasmo pelo Congresso.
É preciso envenenar a mente dos homens, como envenenada foi a inteligência do assassino de Oslo – e desmoralizar, tanto quanto possível, as instituições do Estado Democrático – sempre a serviço dos donos do dinheiro. Quem conhece os jornais e as emissoras de televisão de Murdoch sabem que não há melhor exemplo de prática das idéias de Bernays e Goebbels do que a sua imensa empresa.
São esses mesmos instrumentos manipuladores que construíram o Partido Republicano americano e hoje incitam seus membros a impedir a taxação dos ricos para resolver o problema do endividamento do país, trazido pelas guerras, e a exigir os cortes nos gastos sociais, como os da saúde e da educação. Essa mesma manipulação produziu Quisling, o traidor norueguês a serviço de Hitler durante a guerra, e agora partejou o matador de Oslo.

De Mauro Santayana

Sugerido por Catarina Soares 

É para rir? - texto do Blog do Profeta

Reportagem do sítio eletrônico BBC News traz reportagem revelando a preocupação da ONU com as mudanças climáticas e suas implicações na manutenção da paz mundial. Interessante ponto de vista. Para ilustrar os potenciais efeitos nocivos de tais mudanças, o texto apresentou os graves impactos da seca que assolou parte da Somália neste ano - essa teria sido a pior seca dos últimos 60 anos - responsável por tornar a Somália um país faminto. Você também ficou surpreso(a)?

Pois é, como vimos, parte da ONU vê a grave crise alimentar que assola a população da Somália como sendo um dos nefastos impactos das mudanças climáticas. Confesso que me preocupa a posição de um organismo multilateral que ignora a história de um país e o drama de seu povo, manobrando os fatos e distorcendo a realidade, buscando com isso angariar maior apoio ao tema climático.

Será que essa estratégia retórica é resultado da falta de elementos mais factíveis para provar as mudanças climáticas ou isso seria apenas uma maneira de mudar o foco de uma das questões mais importantes de todos os tempos: a fome de bilhões de pessoas.

Sob nenhuma hipótese é aceitável a postura da ONU, pois essa abordagem retira completamente o foco da questão, já que a fome da Somália - um dos países mais pobres do mundo - é resultado da ação humana, mas não através das emissões de CO2, e sim dos interesses políticos e econômicos que manobram o mercado de alimentos tornando-os muitas vezes artigo de luxo e/ou moeda de troca para a realização de escusos interesses políticos.

Talvez a grande dificuldade em explicar como ainda haja populações que por décadas e décadas convivem com esse grave problema em um mundo que produz alimentos suficientes para atender às necessidades alimentares de toda a população tenha levado a ONU a esse golpe contra a realidade.

Fonte: http://viniciusbrasileiro-blogdoprofeta.blogspot.com/?psinvite=ALRopfUv2Jx716riTqnA6igeytCcxzUIXYbZTC8vp_FURdiOor4dAUVv0JmkBH9wv8dRxKhlL0jxuTZ4UEno8EqkYVRaKi1_PQ

quarta-feira, julho 20, 2011

Bueiros voadores - grande acúmulo de gás em um mesmo espaço?

Pois é, minha gente, estamos acompanhando aí vários episódios de explosões de bueiros nas ruas e querendo achar culpados. Brasileiros que somos, não nos preocupamos em pensar a longo prazo. Pois quando é feita uma rede de bueiros (não sei como se chama tecnicamente), deve-se levar em consideração todo o plano de manutenção dessa rede para que ela dure anos.

No entanto, parece que aqui no Rio de Janeiro, os governantes, ao longo das dezenas de anos que se passaram após a instalação dessa rede, se preocuparam mais em colocar o dinheiro no bolso do que investir na cidade. Aí não há Light ou CEG ou GVT que assegurem o bem estar dos bueiros. Aliás, é certo todos os cabos passarem pelo mesmo caminho? Será que essa logística não podia ter sido combinada de uma outra forma?

Há quantos anos esses bueiros foram implantados? Há quanto tempo estão sem manutenção? Sem essas respostas não dá para achar um só culpado quando os culpados são muitos e de empresas com interesses primordiais de lucro e que vão se esquivar de assumir qualquer culpa.

E da nossa cidade, quem cuida?

quarta-feira, maio 11, 2011

Panorama I colhendo opiniões profissionais l A sustentabilidade ainda não é uma questão central das empresas

Lendo o post do blog Um olhar sustentável sobre o mundo empresarial (http://www.sustentabilidadecorporativa.com), da profissional de sustentabilidade Julianna Antunes, pude ver que meus pensamentos estão no caminho certo. As empresas ainda não se pensam como negócios sustentáveis. Continuo seguindo a opinião de que elas têm medo de apostar na sustentabilidade direto, não sabem o que é ser sustentável e apostam no que já conhecem, a RSC e RSA. O que deveriam entender é que
SUSTENTABILIDADE não é só cuidar do MEIO AMBIENTE....

Qual o verdadeiro perfil do profissional de sustentabilidade

 

Na semana passada saiu uma matéria no caderno Razão Social do Jornal O Globo intitulada “Procura-se profissional com perfil sustentável”. Essa matéria, junto com a criação da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade despertou o interesse de muita gente e abriu o debate para outros veículos tratarem mais profundamente sobre o assunto.

Em momento algum desde o anúncio da primeira reunião do ABRPROSUS eu emiti opinião sobre o que achava da criação da associação. Mas vou emitir agora. Acho extremamente temerário e, até, desnecessário. Primeiro por uma simples questão: as empresas mal entendem o conceito de sustentabilidade, que dirá quem é o profissional de sustentabilidade. 

E segundo porque num futuro, espero que bem próximo, sustentabilidade não terá necessidade de ser área, mas uma competência dentro dos outros processos. Marketing sustentável, supply chain sustentável, finanças sustentável, comunicação sustentável, RH sustentável, TI sustentável, P&D sustentável... percebem a diferença?

Mas enquanto esse dia não chega, fica a pergunta do milhão: quem é o profissional de sustentabilidade? É o engenheiro ambiental? É o analista de SHE/SMS? É a assistente social/ psicóloga que trabalha nos projetos corporativos nas comunidades? É o RP/jornalista/publicitário que faz o relatório de sustentabilidade? É o gerente de marketing que lança produtos sustentáveis? É o gestor do instituto que cuida do ISE? Para mim nenhum desses é profissional de sustentabilidade. São apenas profissionais com experiência técnica em assuntos relacionados à responsabilidade social e responsabilidade ambiental.

Ainda na matéria do jornal O Globo, perdida lá no meio, a chave para realmente começar a dar uma cara para o profissional de sustentabilidade. Foi simplesmente perfeita a afirmação do professor Ciro Torres, do IAG da PUC-Rio, de que o maior desafio é as empresas conseguirem selecionar os líderes capazes de integrar os princípios da sustentabilidade a todas as áreas da empresa. Ou seja, volta para o que falei antes de marketing sustentável, supply chain sustentável etc etc etc.

Uma coisa que essa matéria deixou subentendida e que não condiz com a realidade do mercado da sustentabilidade, é que por mais que as empresas falem lindamente sobre esses profissionais e a importância deles, da forma como está hoje é uma área fechada, super difícil de entrar e absurdamente enxuta. E vai continuar assim enquanto não superarem a visão de responsabilidade social/custo necessário para a empresa. Ou seja, todos os CEOs vão dizer que é um imperativo para o negócio, mas contratação que é bom, nada.

Na verdade, mais do que aumentar a contratação de profissionais técnicos em RSA ou RSE, quando as empresas realmente se derem conta de que sustentabilidade é investimento e processos, todos os funcionários, independente da área, terão de ser profissionais de sustentabilidade.

domingo, maio 08, 2011

A era da desinformação e a sustentabilidade das sacolas plásticas

Não tenho dúvidas que as discussões em torno da sustentabilidade, aquecimento global, sacolas plásticas: usá-las ou não e outras questões ligadas ao ambiente passam por muitos interesses políticos até chegar a nós, "meros mortais". Dessa forma, as informações que nos chegam, através da grande mídia (por vezes manipuladora das informações) vêm cheias de não verdades. O que fazer nessas horas, além de buscar informação pelos meios extra oficiais, conversas etc?

Faço parte de um grupo de discussão sobre sustentabilidade empresarial, da rede social linked in, e tive acesso a uma discussão sobre a troca das sacolinhas plásticas de nafta, material reciclável, pelas de biopolímero, as que temos hoje. Essa discussão foi suscitada através de uma matéria que saiu na revista Época sobre a utilização das sacolas plásticas e a troca das mesmas por sacolas retornáveis. Na matéria, que segue no link http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI229520-15259,00-MIGUEL+BAHIENSE+O+PLASTICO+E+BOM+PARA+O+AMBIENTE.html, foi entrevistado um representante da indústria do plástico.

Vale a pena ler e ver a posição dele sobre o uso de tais sacolas. Outro ponto interessante é perceber que não foi ouvido nenhum especialista para confirmar os dados científicos usados na matéria, que falam que as sacolas de material oxibiodegradável não são biodegradáveis. Bom, depois que você ler a matéria, dá uma olhada na opinião do especialista Michael em resposta à matéria publicada. Chegue à sua própria conclusão sobre o uso de sacolas no ramo comercial, sejam as plásticas ou as retornáveis. Vale a reflexão sobre o nosso comportamento enquanto consumidor e receptores de informação. Lembrando também que outras questões mercem atenção: "qual o percentual de sacolas à base de nafta efetivamente reciclado? O material poderia servir para novas sacolas, e por quantas vezes? Quais as emissões geradas no ciclo de vida de um e outro material?Essas informações são muito mais importantes do que a reciclabilidade... "

Segue a reposta de Michael abaixo:

"Senhor Editor,

Faço referência à reportagem acima, publicada na recente edição dessa conceituada revista e usando o direito democrático da liberdade de expressão e reiterando o meu respeito pela liberdade de imprensa, me permito tecer os seguintes comentários.

A reportagem aborda os aspectos da atual polêmica estabelecida a respeito das sacolas plásticas de polietileno e das ações que envolvem a discussão sobre a sua utilidade ou não. Não pretendemos nos envolver de forma direta nessa polêmica, pois somos meros coadjuvantes e entendemos que o assunto deve ser liderado pelos representantes da indústria plástica.

Em uma das perguntas feitas ao Sr Miguel Bahiense, a repórter faz uma afirmativa categórica a respeito da tecnologia que representamos que entendemos como pouco cuidadosa, pois não representa o que a ciência dos polímeros já atesta há mais de 40 anos. Como mencionei, a liberdade de expressão é um direito inalienável, mas o direito à informação fundamentada também representa um desses direitos. A afirmação de que "O plástico oxibiodegradável não é biodegradável. Só vira pó.", traz em si um julgamento que mereceria que os representantes da indústria dos aditivos oxibiodegradáveis fossem ouvidos, e que deixa no leitor a impressão de que todos aqueles envolvidos na indústria dos aditivos oxibiodegradáveis não são pessoas honestas pois fazem afirmações inverídicas. Posso lhe garantir, senhor Editor, que eu e meus colegas somos um cidadãos honestos e que temos muito orgulho do que fazemos e da causa que abraçamos. As pessoas que desenvolveram essa tecnologia são cientistas que fundamentaram seus estudos na ciência química dos polímeros e já publicaram extensa bibliografia a respeito, disponível a todos aqueles que realmente são adeptos da verdade.

Até hoje, nenhum daqueles que fizeram afirmações como a que foi feita pela referida repórter apresentaram qualquer evidência que fundamentasse que a tecnologia não atua da forma como propõe. A Norma Técnica Internacional ASTM 6954-04 descreve em detalhes todos os processos de testes dos plásticos oxibiodegradáveis e determina as condições para que estes sejam assim enquadrados, reconhecendo, de forma objetiva, a sua efetividade desde que cumpridos os requisitos técnicos de produção.

A Willow Ridge Plastics Inc, juntamente com outras empresas produtoras da tecnologia, produzem esses materiais há mais de 15 anos, com dedicação total à sua pesquisa e desenvolvimento e com a utilização das normas internacionais consagradas de testes e comprovações mediante equipamentos de última geração. Trata-se de um assunto sério e que gostaríamos que merecesse a atenção e consideração da imprensa séria como a Revista Época.

Cordiais Saudações e nossos respeitos à liberdade de impresa e de expressão."



Condomínios sustentáveis - Planejamento = + eficiência!

Acabo de conhecer esse blog do Renato Munhoz, analista de sistemas e síndico, que trata de disseminar as boas práticas na gestão de condomíos. Acho o trabalho louvável, além de ter tudo a ver com os tempos de hoje. É mais uma tentativa de otimizar recursos, tempo e grana para ter um resultado mais eficiente. Vale a pena conferir as dicas e acompanhar os novos posts.

http://condominiossustentaveis.wordpress.com/ 

segunda-feira, abril 11, 2011

Mais uma história de falta de transparência, corrupção, abuso do poder e autoritarismo na política... TRISTEZA PURA

Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido'

A frase acima revela parte da humilhação vivida por um estagiário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após um momento de fúria do presidente da Corte, Ari Pargendler (na foto).
O episódio foi registrado na 5a delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal às 21h05 de ontem, quinta-feira (20). O boletim de ocorrência (BO) que tem como motivo “injúria real”, recebeu o número 5019/10. Ele é assinado pelo delegado Laércio Rossetto.
O blog procurou o presidente do STJ, mas foi informado pela assessoria do Tribunal que ele estava no Rio Grande do Sul e que não seria possível entrevistá-lo por telefone.
O autor do BO e alvo da demissão: Marco Paulo dos Santos, 24 anos, até então estagiário do curso de administração na Coordenadoria de Pagamento do STJ.
O motivo da demissão?
Marco estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.
A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.
No mesmo momento, Marco se encaminhou a outro caixa - próximo de Pargendler - para depositar um cheque de uma colega de trabalho.
Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.
Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.
Incomodado com a proximidade de Marco, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal."
Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.
O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.
Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.
Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.
Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era.
Fabiane Cadete, estudante do nono semestre de Direito do Instituto de Educação Superior de Brasília, uma das testemunhas citadas no boletim de ocorrência, confirmou ao blog o que Marco disse ter ouvido do ministro. “Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz.
Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: "Você já era! Você já era! Você já era!”, conta Fabiane.
“Fiquei horrorizada. Foi uma violência gratuita”, acrescentou.
Segundo Fabiane, no momento em que o ministro partiu para cima de Marco disposto a arrancar seu crachá, ele não reagiu. “O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.
De acordo com colegas de trabalho de Marco, apenas uma hora depois do episódio, a carta de dispensa estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava.
Demitido, Marco ainda foi informado por funcionários da Seção de Movimentação de Pessoas do Tribunal, responsável pela contratação de estagiários, para ficar tranqüilo porque “nada constaria a respeito do ocorrido nos registros funcionais”.
O delegado Laercio Rossetto disse ao blog que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado."
Pargendler é presidente do STJ desde o último dia três de agosto. Tem 63 anos, é gaúcho de Passo Fundo e integra o tribunal desde 1995. Foi também ministro do Tribunal Superior Eleitoral. 
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Viu só?
Agora você quer saber QUEM é o estagiário demitido?
Ok, isso também saiu no blog do Noblat.

Quem é Marco, o estagiário demitido pelo presidente do STJ

Alvo de momento de fúria do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler, o estudante Marco Paulo dos Santos, 24 anos, nasceu na Grécia, filho de mãe brasileira e pai africano (Cabo Verde).
Aos dois anos de idade, após a separação dos pais, Marco veio para o Brasil com a mãe e o irmão mais velho. Antes de começar a estagiar no Tribunal fazia bicos dando aulas de violão.
Segundo ele, a oportunidade de estagiar no Tribunal surgiu no início deste ano. O estágio foi seu primeiro emprego.
“Não sei bem se foi em fevereiro ou março. Mas passei entre os 10 primeiros colocados e fui convocado para a entrevista final. O meu ex-chefe foi quem me entrevistou”, relembra.
Marco passou a receber uma bolsa mensal de R$ 600 e mais auxílio transporte de R$ 8 por dia.
“Trabalhava das 13h às 19h. Tinha função administrativa. Trabalhava com processos, com arquivos, com informações da área de pagamentos”, explica.
No período da manhã, ele freqüenta a Escola de Choro Raphael Rabello, onde aprende violão desde 2008.
À noite, atravessa de ônibus os 32km que separam a cidade de Valparaíso de Goías, onde mora, da faculdade, em Brasília, onde cursa o quinto semestre de Administração.
Sobre sua demissão do STJ, parece atônito: “Ainda estou meio sem saber o que fazer. Tudo aconteceu muito rápido. Mas já tinha planos de montar uma escola de música na minha região onde moro".
 
Chega de impunidade!! Que esse crápula que, infelizmente, faz parte do nosso governo pague pelo desrespeito que cometeu e deve cometer todos os dias.


 

terça-feira, março 29, 2011

E a sustentabilidade cai no buraco negro da máfia política carioca...

No dia 17 de março de 2011 aconteceu no IAB-RJ um Encontro com Raquel Rolnik para discutir o projeto Porto Maravilha. Em sua fala, a arquiteta e relatora da ONU para questões de moradia adequada explicou que num momento anterior à posse do atual prefeito, o governo federal se envolveu com o projeto do Porto do Rio, buscando a melhor forma de participar do mesmo. Como era proprietário de grande parte dos terrenos, o governo federal propunha, então, uma administração do projeto conjunta com a Prefeitura do Rio, através da constituição de uma empresa pública compartilhada. A intenção do governo federal, então, era a de destinar uma parte significativa dos terrenos disponíveis para a construção de moradias sociais.

No entanto, em algum momento se soube que a empresa OAS andava a pesquisar um modelo econômico e de gestão para a área do Porto do Rio. E quando ocorreu a mudança de gestão municipal, o novo Prefeito abandonou a proposta de criação de uma empresa em conjunto com o governo federal e optou pela criação de uma empresa municipal, a Cedurp. Em seguida, foi realizada uma licitação para definir a companhia que executaria as obras do Porto Maravilha, de acordo com o modelo desenvolvido pela OAS. E justamente a OAS, associada à Carioca Engenharia e à Odebrecht venceu esta licitação. Assim, a empresa irá executar o projeto de acordo com o modelo que ela mesma desenvolveu e que foi assumido pela Prefeitura do Rio.

Segundo Raquel Rolnik, o modelo em vigor no projeto Porto Maravilha não foi pensado como aquele que seria o melhor do ponto de vista urbanístico ou do ponto de vista da cidade, mas sim aquele que viabilizaria o negócio, a lógica financeira do projeto. O consórcio formado pelas empresas é remunerado pela Prefeitura para fazer as obras. Mas ele ganha de novo ao fazer estas obras e terá ganhos com a valorização dos terrenos. Após a viabilização das questões fundiárias, a Caixa Econômica entrará como sócia na incorporação dos futuros edifícios, viabilizando tal operação. Caso algo dê errado nessa lógica financeira, os prejuízos serão cobertos com recursos públicos municipais. O projeto Porto Maravilha revela-se, assim, em toda a sua inteireza: a abertura de mais uma frente de expansão para os investimentos do capital financeiro, do capital excedente internacional.

Além de todos os problemas aqui apontados, estariam ocorrendo problemas de ordem moral e legal. Os terrenos federais que estão sendo repassados à Prefeitura para que esta os coloque no mercado estariam sendo subavaliados. A diferença de avaliação seria da ordem dez vezes menos os reais valores dos mesmos. Os laudos de avaliação estariam deixando funcionários que os assinam em situação vulnerável frente a uma eventual fiscalização do Tribunal de Contas. Um bom exemplo dessa distorção seria a avaliação feita para a desapropriação do prédio onde ocorre a ocupação Maria Conga, também na Área Portuária, a qual seria bem mais alta que aquelas praticadas nos terrenos que interessariam ao projeto Porto Maravilha.

Ao final, Raquel Rolnik traçou um paralelo entre o que estaria ocorrendo na Área Portuária do Rio de Janeiro com aquilo que estaria ocorrendo nas áreas no entorno da Sala São Paulo, na capital paulista. Lá, como aqui, a área é tratada como um vazio populacional e um vazio de história e cultura, adotando-se algo que se poderia comparar à solução final: o arrasamento dessas áreas para um recomeço em bases palatáveis ao mercado. Assim, a oposição democrática a tais atos no Rio e São Paulo estariam frente à responsabilidade de barrar um modelo perverso, que se pretende que seja posteriormente espalhado por outras cidades brasileiras.

Socialmente injusto, economicamente inviável (contando a real possibilidade do governo realizar o projeto sem tirar do dinheiro do povo) e ambientalmente incorreto ( o Porto vai ser construído numa área de mangue, sem respeitar a vegetação nativa...), o projeto parece que tem um timão para fazê-lo saur do papel. Que tal reivindicarmos que o dinheiro do povo seja usado em nosso benefício e não sirva de margem para as "cagadas" governamentais?

Afinal, o Porto é Maravilha para Quem?

Informações do site: http://portomaravilhaparaquem.wordpress.com/2011/03/18/encontro-com-raquel-rolnik-no-iab-rj/

sexta-feira, março 11, 2011

Uma reflexão sobre o desenvolvimento da nossa Cidade Maravilhosa

Artigo de Cecília Herzog

Mais uma vez, fico me perguntando em que mundo e em que século o Rio de Janeiro está. Tenho impressão que por aqui a coisa continua igual ao século XX, especialmente em relação às grandes obras de “higienização” e enfoque rodoviarista, com as imensas transformações na paisagem: desmontes e aterros, demolições em massa de áreas históricas – que chegou ao ápice com o desaparecimento do Palácio Monroe. Tudo para dar lugar a novos prédios horrendos (em sua maioria) e carros, muitos carros. Obras de porte gigantesco, pagas pelo contribuinte que foi perdendo sua cidade, sua identidade, aos poucos sem sentir. Fico pensando o que aconteceria se a Avenida Rio Branco tivesse sido preservada, teríamos um centro histórico de fazer inveja. Mas não, o que temos hoje? Um centro desumano, entupido de ônibus, encoberto por arranhacéus, onde os pedestres se amontoam, e quando chove alaga.
A minha percepção é que estamos repetindo a história. Apenas uma parte do elevado da perimetral vai abaixo para simbolizar a renovação da cidade, construir um marco para esse momento histórico. Será que é a melhor escolha? É isso mesmo que a cidade precisa? Um túnel pra esconder os carros a um custo imenso?  Vias expressas para carros e ônibus sendo construídas sobre áreas alagáveis, onde ainda existem ecossistemas nativos insubstituíveis? Esses investimentos não poderiam ser empregados em transporte de massa, educação, saúde, conservação de áreas ecológicas de importância vital para a sustentabilidade da cidade? E as mudanças climáticas, que impacto causarão? Como a cidade está se adaptando? E o nível do mar? Os novos projetos estão prevendo os cenários possíveis? Onde está sendo investido o nosso dinheiro? E como?
O crescimento econômico a qualquer custo custa caro. No presente e no futuro. Obras espetaculosas se sucedem a uma velocidade impressionante, a administração está mostrando serviço. O Brasil recebeu mais 3,3 milhões de veículos em 2010. Esse é o outro lado da mesma moeda: agora é preciso dar espaço para que tentem circular. A transferência da responsabilidade da mobilidade coletiva para o indivíduo repete o modelo da segurança. Uma vez que o poder público se exime de dar soluções de continuidade para o coletivo, cada um se vira como pode. Quem pode, assim que pode compra um carro para resolver o seu problema e cai em outro: fica engarrafado. Os custos são incalculáveis. Não só as emissões de gases estufa, mas as perdas de produtividade, o aumento do nível de estresse, de ruídos, de perda de qualidade de vida e saúde, do aumento da obesidade. Quase metade dos brasileiros está obesa, não apenas porque comem o que não lhes faz bem, mas porque ficam sentados cada vez mais. Isso tudo custa, e muito!
Existem outras soluções, e muita gente sabe disso. Mas por que será que esse é o rumo que a cidade está tomando? Os moradores da cidade no futuro irão lamentar as perdas de hoje e nada poderão fazer para reverter o que está sendo feito nesse exato momento? Como hoje nada podemos fazer para restabelecer os locais históricos e os edifícios demolidos, as áreas que poderiam acomodar as águas em dias de chuvas fortes, os nossos rios canalizados e poluídos e as florestas desmatadas nos séculos anteriores.
São tantas as oportunidades que temos hoje de valorização de nossos ativos sociais, culturais, paisagísticos e ecológicos, para transformação real em uma cidade do século XXI, que dá uma imensa tristeza ver o rumo que está sendo adotado pelos nossos tomadores de decisões. É hora de reflexão profunda sobre que Rio de Janeiro nós queremos, para que nossos descendentes não tenham do que se lamentar no futuro.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/11.127/3769

quinta-feira, março 10, 2011

Faça acontecer a cultura - Viva a colaboração!!

A criação coletiva ou construção colaborativa pode fazer prosperar milhares de projetos que, sozinhos, não teriam como ir adiante. Essa ideia de fazer junto, colaborar para o sucesso, inicialmente, de outro, mas que tem o objetivo de construir mais riquezas para todos é diferente do que é proposto e aceito na sociedade atual.

Por isso me surpreendi ao saber de 2 iniciativas de gestão de projetos culturais/ criativos que têm como premissa a colaboração financeira de qualquer interessado para que o projeto se realize, via web. Uma forma feliz e participativa de investimento que merece atenção e fomento!!

Produrama e Catarse têm tudo para serem incríveis e fazerem acontecer muita coisa boa. Uma catarse cultural produrama criatividade pelas mentes brilhantes da cidade,
do país e do mundo. Vale a pena conferir!

http://www.produrama.com.br/

http://catarse.me/

Saúde, globalização, tecnologia e sustentabilidade

Recebi esse vídeo incrível de um amigo essa semana que fala sobre o desenvolvimento de 200 países em 200 anos, em termos de saúde, expectativa de vida e riqueza. Tudo mostrado com tecnologia, em gráficos e muito atrativo.

O caminho do mundo e o papel que alguns países tiveram que ter de correr atrás de um melhor desenvolvimento tornou possível que pessoas dos diversos continentes tenham uma qualidade de vida semelhante. Conta-se aí o grande papel da globalização e da tecologia na disseminação de boas práticas, permitindo a troca de experiências entre países mesmo longínquos.

Um passo importante para a configuração do mundo hoje, do desenvolvimento sustentável no mundo e para a formação dos "BRIC Countries". Vale a pena ver!

O desenvolvimento sustentável nas questões governamentais: muita teoria e... onde está a prática?

Tenho mostrado exemplos de empresas que têm ações ligadas à sustentabilidade, tentando ( e às vezes conseguindo) realizar processos de gestão compartilhada e ações de responsabilidade social sem ser meramente assistencialistas. Considero essas ações muito importantes hoje, num mundo onde a sustentabilidade como forma de vida e filosofia de existência quase não existe. Penso que é importante divulgar e discutir os bons exemplos a que tenho acesso para conscientizar o máximo de pessoas possível.

Essa conscientização é o caminho para que tenhamos, também aqui no Brasil, uma população que entenda o que é sustentabilidade de verdade, na sua forma mais simples e verdadeira (tentei colocar a ideia em um post anterior - Sustentabilidade: o que é isso),  que saiba cobrar das autoridades governamentais políticas que tenham o cidadão como principal interessado e que respeitem nossos direitos a uma excelente qualidade de vida. E a comunicação pode ser uma grande ferramenta de transformação nesse sentido.

Hoje, na Inglaterra,  corre uma grande discussão sobre os novos rumos do Comitê de Desenvolvimente Sustentável que vai deixar de ganhar recursos do governo ainda esse ano. Não tendo como se bancar, o Comitê está buscando uma nova forma de se manter, mas conta com o apoio total dos cidadãos comuns, pois este é formado pela sociedade civil. Uma população que se preocupa em discutir e disseminar a sustentabilidade nacionalmente e incluir, de forma enfática, as ações de sustentabilidade nas políticas do país.

Parece que o novo primeiro ministro inglês tem uma opinião diferente sobre a inclusão da sustentabilidade nas metas do governo. Apesar de ter sido feito um documento de inserção das premissas sustentáveis no governo inglês (http://sd.defra.gov.uk/gov/vision/), membros do Comitê de Desenvolvimento Sustentável acham que não há uma preocupação em envolver os cidadãos comuns na questão da sustentabilidade. Isso está sendo combatido também pela Futerra, a agência de comunicação inglese totalmente voltada para a disseminação da sustentabilidade pelo mundo, http://www.futerra.co.uk/news/442, além dos cidadãos comuns que estão fazendo parte dessa discussão. A proposta de agência é criar um imposto de contribuição para a sustentabilidade, onde todos tenham que pagar e estejam envolvidos na questão. (http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-12620647)

Agora, pense como seria legal se os brasileiros também tivessem essa força de colocar em discussão questões estruturais com o governo. Acho que temos alguns representantes brasileiros que fazem essa pressão, como é o caso da ONG Inverde es seus membros - http://inverde.wordpress.com/. Mas que força temos, se optamos por não nos corrompermos? O que será discutido no Rio+20 que vai acontecer aqui no Rio de Janeiro no próximo ano? Deveríamos ter uma população mais engajada nas questões de desenvolvimento sustentável após 20 anos da Eco-92, né?

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Sustentabilidade - uma irradiação simpática de valores do bem viver

Em um dos posts da semana passada falei de como a sustentabilidade empresarial, hoje, está voltada para a ideia da colaboração, de construções coletivas. E fiquei bem feliz quando recebi, essa semana, duas notícias de empresas que estão tendo atitudes sustentáveis, a meu ver, muito importantes, e estão mostrando à sociedade.

No início da semana, li sobre o novo posicionamento da Vivo - O amor nos conecta. A conexão nos transforma. - O slogan pode soar meio piegas, mas a verdade é que a conexão entre as pessoas, o fazer juntos, transforma realidades. E o que move a vontade de transformar e amor ou paixão que cada pessoa tem por uma determinada atividade. Penso que o amor, no seu sentido mais puro e racional, é o que conduz a ação humana, detona desejos que movem nossas ações. Dessa forma, é verdade que um amor comum pode conectar várias pessoas que podem realizar algo diferente.

Não é só conceitual esse amor pela conectividade não. Através desse novo slogan a Vivo traz os resultados de algumas de suas ações sociais que levam conectividade para pessoas que vivem em lugarejos distantes dos centros urbanos ou com pouco alcance de sinal para a telecomunicação. Claro que a organização busca vender mais e, levando tecnologia que beneficie comunidades, aumenta a sua abrangência, trazendo para perto um potencial consumidor. A notícia está no link a seguir: http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Vivo_estreia_campanha_institucional&id_noticia=148353

É possível ser capitalista, vizar o lucro e ter boas ações de sustentabilidade. Essa ideia está sendo incorporada por cada vez mais organizações aqui no Brasil.  Outro grande exemplo, talvez pioneiro, é a Natura. A organização ampliou sua liderança na venda de cosméticos e ainda teve um cresimento de 21,1% no seu lucro anual. Lucrando e, cada vez mais, investindo em sustentabilidade.

Apesar de não estar na lista de sustentabilidade da Dowjones, mas estar no Índice da Bovespa de sustentabilidade, a Natura foi a primeira do Brasil a implementar, em 2001, o relatório de sustentabilidade GRI. A notícia é que, como teve seu rendimento aumentado, a organização também vai aumentar seu investimento nas comunidades do entorno de seu empreendimento. Dá orgulho de receber essa informação. A matéria toda está no link a seguir:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Natura_divulga_bons_resultados&id_noticia=148509

Termino a semana com esperança maior de que a consciência da importância de um mundo melhor e mais digno de viver está crescendo entre os brasileiros. Como se desse para ver o sol começando a brilhar, irradiando os valores da sustentabilidade para dentro das organizações e das pessoas... Me lembrei da música "My girl", como se a garota fosse a própria sustentabilidade.

Bom fim de semana!

domingo, fevereiro 20, 2011

A participação colaborativa na sustentabilidade

Hoje, me parece que o conceito de sustentabilidade está ligado a uma construção coletiva. Esse produto pode ser um novo conhecimento ou até uma estratégia corporativa, mas TEM que contar com a opinião de representantes de todas as partes interessadas de uma organização. Essa nova forma de ver um negócio, para mim, é maravilhosa, pois é um processo, agora, de mão dupla, e não mais uma via de mão única como sempre funcionaram os processos organizacionais.

Tá certo que fazer esse novo sistema ser apreendido por todos e encorporado ainda vai levar um tempo. Muito mais quando se fala em Brasil, com uma população formada para ser passiva e assistir e aceitar a todas as resoluções importantes, sem, de fato, participar.  Mas estamos caminhando bem no sentido de participar e fazer juntos.  Nosso país é, hoje, um dos países mais a frente quando se fala de reportar a sustentabilidade corporativa. Como mostra a pesquisa Road to Credibility 2010, realizada pela Sustainability (www.sustainability.com) e pela FBDS (www.fbds.org.br), a quantidade de empresas relatoras no Brasil, cresceu mais que o dobro. Uhuuuuuuu!!!! Agora temos que melhorar a qualidade desses relatórios, como mostram os resultados no filme do link abaixo.

http://www.sustainability.com/library/road-to-credibility-2010

Esse fato merece ser comemorado e segue na linha da nova ISO 26000 de responsabilidade social, que foi lançada no último dia 8 de dezembro aqui no Brasil. Fomos, jutamente com a Suécia, líderes desse processo, por meio de Instituto Ethos. O objetivo desta nova norma é fazer com que as organizações de todos os portes estejam integradas nos processos e diretrizes de responsabilidade social, incluindo os temas de governança organizacional, meio ambiente, direitos humanos, práticas trabalhistas, práticas leais de operação, relacionamento com consumidores e envolvimento de comunidades. É um desfio que, apesar de já ter sido oficializado, está sendo estudado na prática para que sejam relacionadas diretrizes para a aplicação da ISO 26000 nas diveersas organizações. (http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/4877/servicos_do_portal/noticias/itens/e_lancada_no_brasil_a_norma_iso_26000.aspx)

Logo as organizações seguirão essa norma, que não pretende uma certificação, para tornar mais verdadeiro o processo multistakeholder e aproximar, cada vez mais, a estratégia da organização com seus cases práticos. É nessa levada que o Santander sai na frente com seu slogan "Vamos fazer juntos?" e organizações como Vivo e Starbucks têm vantagem quando criam canais de relacionamento específicos com clientes baseados na troca de ideias e sugestões para o negócio.




Enfim é tempo de pensar coletivamente...

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Cidades Inteligentes - Realidade que queremos

Há alguns dias li a notícia de que a Feira de tecnologia e energia HANNOVER MESSE, que acontece anualmente, irá apresentar uma nova área destina a expor soluções para metrópoles, soluções de "urbanismo inteligente". Fiquei super animada com a notícia uma vez que as cidades precisam ser remodeladas de forma a utilizarem recursos de energia renovável, que não troquem suas árvores por concreto, enfim...

Ver o urbanismo inteligente sendo abordado, de forma grandiosa, numa feira internacional é, para mim uma vitória. Espero que algum representante do governo brasileiro vá a essa feira e traga bons exemplos de produção e consumo de energia, de construção, de mobilidade etc a serem colocados em prática por aqui. Mais informações sobre a HANNOVER MESSE estão no link a seguir: http://www.hannovermesse.de/en/about-the-trade-show/topics-trends/special-events-of-hannover-messe

Espero mesmo que algum representante nosso vá a esse evento já que saiu uma notícia que vai acontecer o PAC da Mobilidade para 24 cidades brasileiras ( http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2011/02/16/pac-da-mobilidade-incluira-quatro-cidades-fluminenses-923818570.asp).  Os projetos devem ser apresentados pelos respectivos prefeitos das cidades contepladas até junho. Essa é uma notícia muito boa para nós brasileiros, no entanto, em se tratando de Brasil, podemos ter aquela pulguinha atrás da orelha sobre quem vai levar um dinheiro com isso, ou quando veremos esses projetos na prática...

Mas, enquanto isso, vamos pensando e imaginando uma cidade muito melhor de se viver, com transporte digno, confortável e confiável. Essa é a cidade que nós merecemos!!! Apesar de estarmos um pouco longe dessa realidade, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, não devemos dexistir de alcançar a realidade que queremos de fato. Vamo que vamo tentar chegar lá!!!

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Criatividade - Rumo certo à sustentabilidade


No últio domingo tive na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, prestigiando a inauguração da ONG Espaço Atitude Social, do Senhor Antônio Tibúrcio e da Senhora Sandra. Pessoas com muita criatividade e vontade de fazer coisas para transformar a vida das pessoas que moram no Complexo da Penha. Depois de muito correr atrás, durante anos, conseguiram oficializar a ONG e torcem para que consigam investimentos para realizar muitos projetos de Atitude Social.

Nessa visita, fizemos um tour pelo morro e eu pude perceber como o pessoal que não dispõe de muitos recursos abusa da criatividade para realizar coisas. Passei em frente a uma cerca de arame farpado que estava fazendo o papel de um varal de roupas para a casa em frente. Isso não é utilizar-se bem do potencial criativo?

Não só há exemplos de criatividade em lugares com pessoas desprovidas de recursos, mas é possível perceber no mundo todo. Posso fazer um post imenso onde citaria vários exemplos, mas recebi um e-mail de um amigo hoje com um exemplo do Japão. Um senhor que transforma o resíduo plástico em combustível para carros, motos etc. Incrivelmente criativo e com vontade de fazer coisas para transformar o mundo e a história de milhões de pessoas. Vale a pena conferir no vídeo sugerido a mim pelo designer e publicitário Roberto Tostes (http://robertotostes.blogspot.com/).
Obrigada querido!!!

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Abra a felicidade?

Compartilho com vocês o novo anúncio da campanha anual da Coca-Cola - Abra a felicidade! O filme principal é muito bom, até o NX Zero cantando ficou bom ( que na minha opinião é um estilo de música estranho)...

Com alguns elementos que mostram o posicionamento da marca em relação à sustentabilidade,o filme traz uma grande jovialidade para a marca. O mote "Abra a felicidade" me lembra aquela campanha da Brastemp, do "dia em que um sorriso parou São Paulo".

O conceito de ser feliz é infalível, né? Espero que todos realmente busquem a felicidade dentro de si - sua sustentabilidade - e não, simplesmente, sejam obrigado s a sentí-la.

Abra um sorriso!!

Campanha Abra a felicidade Coca-Cola:



Campanha O dia em que um sorriso transformou São Paulo:

Grandes mudanças - Redes Sociais contribuem para fortelecer as mobilizações reais



Semana passada vi um post, via Facebook, de um artigo da revista The Newyorkers, onde falava-se que as mídias sociais não vão conseguir causar uma revolução, apenas uma pequena mudança.  Não concord com essa afirmação, pois acho a potencialidade de ação via twitter, facebook e linked in muito boas. Claro que a força da revolução propriamente dita, está nas mobilizações ao vivo, no entanto, o twitter e o facebook podem mobilizar milhões, em segundos, tendo um alcance inimaginável em outros tempos.

É bem verdadeira a afirmação de que as mobilizações reais e ao vivo têm muito mais força, a curto pazo, do que as virtuais, como descrito no artigo Small Change publicado no The New Yorkers, porém com um alcance muito menor do que a mobilização virtual teria. É importante ter essa questão em mente para não esquecer da importância dese contato ao vivo.

Com o advento da internet e o fortalecimento das mídias sociais como meios de reivindicação, tenho a impressão de que as pessoas ficaram cada vez mais adeptas ao contato virtual, por qualquer que seja o moivo, do que para o contato ao vivo. O encontro que se dá fisicamente pode ter uma imensidade de variações do que o virtual. E o artigo do The New Yorkers explicita isso com clareza.

No texto, o autor volta à década de 1960, numa universidade norte-americana, para falar das mobilizações a favor da igualdade racial, o que naquela época não acontecia de fato. Os Estados Unidoa viviam o tempo do apartheid, com vidas separadas para negros e brancos. Nessa universidade, alguns estudantes negros iniciaram uma mobilização pacífica, sentando na parte do refeitório destinada aos cidadãos de cor branca e só se levantavam após o fechamento do estabelecimento. Essa attitude foi se repetindo dia após dia, ganhando, cada vez mais, simpatizantes, e se extendendo de território também. Até que essa manifestação ganhou adeptos no estado inteiro e ficou conhecida nacionalmente.

Se essa manifestação fosse colocada na web, via redes sociais, enquanto acontecia a coisa viva, talvez tivesse ganhado adeptos de todo o mundo e a nova percepção que o movimento difundiu estaria na boca e na mente de muitos indivíduos. Disso poderiam ter resultado presses por soluções mais Justas e com mais agilidade.

O caso do Egito, hoje, mostra a importância de manifestações físicas para lutar por mudanças. Paralelo a isso, as redes sociais vêm complementar essa força, contribuindo para mobilização de muitas pessoas, de outras partes do mundo. Por isso, digo ao autor Malcolm Gladwell, do artigo Small Changes - http://www.newyorker.com/reporting/2010/10/04/101004fa_fact_gladwell?printable=true - que ele está tendo uma visão míope do objetivo de cada meio mobilizador. Mas achei sua reflexão importante de ser dividida.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

SUSTENTABILIDADE - o que é isso?






Todo mundo ouve falar de sustentabilidade em algum lugar ou momento, atualmente. Pois bem, muitos têm sempre uma explicação rebuscada e teórica para dar sobre a palavra. Mas, na minha opinião, esses conceitos teóricos e elegantes não funcionam muito quando se quer disseminar uma nova cultura de vida PARA TODOS, que é a SUSTENTABILIDADE. Mas como, aqui no Brasil, disseminar um termo de escrita tão grande, com uma explicação bastante extensa, para uma pouplação onde a maioria não tem muito estudo?

Por isso, gostaria, aqui, de tentar explicar, de uma forma bem simples, o que, para mim, quer dizer este grande conceito, uma filosofia de vida.

SUSTENTABILIDADE = QUALIDADE DE VIDA NO CURTO, MEDIO E LONGO PRAZO

De forma macro, acho que esse é um bom começo para se entender do que se trata sustentabilidade, e uma forma atraente de introdução ao tema. Assim todas as pessoas, independente do nível de escolaridade e cultura de vida, iriam entender. Uma qualidade de vida que engloba todos os aspectos: social, ambiental e econômico, uma vez que estes estão inter-relacionados e o desempenho de um sempre vai afetar o desempenho do outro.

Qualquer processo sustentável deve ter como premissa o respeito e preservação ambiental, respeito à diversidade social e aos direitos humanos, e a execução de uma economia justa, gerando trabalho e renda a todos. Tendo essas ideias sempre em mente, é muito improvável que a vida humana faça acabarem os recursos naturais, que fazem parte da nossa vida, e dos quais fazemos parte também, ou que haja uma grande diferença social.

Daí, uma grarantia de vida longa à nossa espécie, sem desrespeitar as leis de Darwin claro.

Fácil de entender, né?

Redes sociais e sustentabilidade - um caminho a ser desvendado

Fonte da imagem: Blog Lucy Warin

Ontem participei de um fórum online (http://www.futerra.co.uk/news/431) sobre redes sociais e sustentabilidade realizado pelo jornal The Guardian em parceria com a organização inglesa Futerra, especializada em planeja, criar e executar comunicação sustentável (http://www.futerra.co.uk/).

Pude perceber, ao longo do debate, que muitas empresas estão investindo em redes sociais como uma ótima forma de engajamento com stakeholders, estimulando a participação destes na construção das estratégias corporativas. Como é o caso da cafeteria Starbucks, por exemplo, com o site/ blog "My Starbucks".

A empresa criou um canal de relacionamento onde o visitante é convidado a colaborar com suas ideias para que o Starbucks invista em melhorias para suas partes interessadas e ofereça melhores produtos, de acordo com as necessidades do seu consumidor. Isso inclui ideias para todas as áreas da empresa, desde oferta de produtos, criação de ambientes até projetos de sustentabilidade/ responsabilidade social. As ideias são votadas no site e as que tiverem maior votação, implementadas. (http://mystarbucksidea.force.com/apex/idealist?lsi=0)

No entanto, ficou evidente para mim como a utilização das redes sociais é uma coisa muito nova entre as organizações. Muitas ainda não sabem como fazer uma comunicação estratégica e eficaz através dessas novas mídias. Essa dificuldade fica ainda maior quando se fala em fazer uma comunicação sustentável, pois muito pouca gente que sabe o que isso quer dizer.

Há uma grande quantidade de empresas utilizando seus canais no you tube ou blogs para trazer os stakeholders para perto de seus projetos sociais. Isso já é um grande avanço no caminho rumo à sustentabilidade (esse nome grande, do qual muitos não sabem o significado, todos querem e poucos sabem como alcançar), pois o engajamento com stakeholders e a participação de todos na construção de estratégias organizacionais é uma das principais premissas de um processo e gestão sustentáveis.

Como exemplo de projetos de engajamento com stakeholders temos o cana Helathcare da Johnson&Johnson - http://www.youtube.com/watch?v=Y4iNLCosw8I&feature=related - o projeto Social Shopping Idea da Levis - http://www.youtube.com/watch?v=Ed5vJeaEuzA - ou o blog com os projetos sociais realizados pela FedEx - http://fedexcares.com/event/firstnight, onde o visitante pode se volutariar para fazer parte das ações e, de uma certa forma, ser também um embaixador da marca.

As redes sociais estão sendo usadas internamente para trazer os stakeholders para perto dos valores da marca da organização e criar, cada vez mais, embaixadores da marca. Através das redes sociais, o stakeholder engajado vai querer continuar seu relacionamento com a marca mesmo após deixar o ambiente de trabalho e contribuir para agregar ainda mais valor a ela, porque se sente parte da construção deste valor.

Senti falta, apenas, entre tudo o que vi nesse debate, da discussão sobre uma comunicação mais forte no sentido de as organizações realmente colocarem a responsabilidade de criar um mundo com mais qualidade de vida na mão dos stakeholders, através das redes sociais. Mas sei que este caminho está só no início. Valorizo muito as ações de responsabilidade social empresarial e acho fundamental o engajamento com as partes interessadas para que possamos dar o próximo passo, comunicar a sustentabilidade, fazer uma comunicação de educação para um mundo melhor, mais sustentável.

Quem quiser acompanhar as discussões sobre comunicação e sustentabilidade, segue o blog da Lucy Warin, consultora da Futerra. - http://www.futerra.co.uk/blog/lucy-warin

Uma nova forma de energia é possível, basta querer conhecer


O Segundo dia de Seminário Cidades Verdes falou sobre Mudanças Climáticas e utilização de energia alternativa. É impressionante como não temos a menor ideia de quão mais benéfico e, a longo prazo, barato é utilizarmos a energia solar como fonte primária de energia. Segundo o palestrante Felipe Café, a não utilização da energia solar é uma decisão estritamente política. Estranho pensar que os governantes preferem construir hidrelétricas e devastar regiões em vez de utilizar uma fonte de energia natural, simples e capaz de suprir toda a demanda de consumo de energia mundial atual.


Estranho para a maioria das pessoas que fazem a reflexão de um sistema de cidade sustentável, que consuma a energia e, ao mesmo tempo, devolva o montante utilizado para o ambiente. Mas tem muita gente que ganha um dinheiro por trás desse mundo de investimento em tecnologias destrutivas que não pode ficar de fora, né?


AH, MEU BRASIL!!!!??



Enfim, uma ECONOMIA SOLAR GLOBAL é possível. Basta os governantes tomarem ciência de que é preciso começar a investir em tecnologia específia para a captação da energia solar. Isso é possível através da renovação da energia solar, com o tão falado Retrofit ( o Retrofit é o investimento em tecnologias novas na construção. Para saber mais, visite o site http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=22&Cod=60) nas construções, ou através de construções já projetadas com tecnologia solar, com painéis fotovoltaicos e uma estrutura que aproveite a energia captada.


O Brasil hoje ocupa o 55ø lugar entre os países que fazem o uso da energia solar. E ainda utilizamos mais energia a gás nos eventos que realizamos do que a produzida por meio de placas solares. Ou seja, é necessária a criação de uma nova forma de percepção da produção de energia para que essas práticas mais simples de vivência no mundo, e menos destrutivas, sejam valorizadas em detrimento de outros caminhos mais longos…


Se faz premente a ruptura com o modelo econômico atual! A redução do caminho da produção energética depende de vontade política. Pois hoje o que vemos no país são pouquíssimas empresas investindo no desenvolvimento desta nova tecnologia e nenhuma vontade ou insentivo político à inovação. E mesmo essas poucas empresas têm poucos projetos nessa área e projetos ainda em fase de experimentação.


Não há cidade verde sem energia solar. Temos que precionar os governantes e as empresas para que invistam na energia solar e que os próximos eventos a serem cediados no nosso país sejam abastecido pela energia captada do sol. Vamos exigir mais ação e rapidez dos nossos governos e transformar essas medidas inovadoras e simples em lei.


O que vocês acham?