quarta-feira, maio 11, 2011

Panorama I colhendo opiniões profissionais l A sustentabilidade ainda não é uma questão central das empresas

Lendo o post do blog Um olhar sustentável sobre o mundo empresarial (http://www.sustentabilidadecorporativa.com), da profissional de sustentabilidade Julianna Antunes, pude ver que meus pensamentos estão no caminho certo. As empresas ainda não se pensam como negócios sustentáveis. Continuo seguindo a opinião de que elas têm medo de apostar na sustentabilidade direto, não sabem o que é ser sustentável e apostam no que já conhecem, a RSC e RSA. O que deveriam entender é que
SUSTENTABILIDADE não é só cuidar do MEIO AMBIENTE....

Qual o verdadeiro perfil do profissional de sustentabilidade

 

Na semana passada saiu uma matéria no caderno Razão Social do Jornal O Globo intitulada “Procura-se profissional com perfil sustentável”. Essa matéria, junto com a criação da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade despertou o interesse de muita gente e abriu o debate para outros veículos tratarem mais profundamente sobre o assunto.

Em momento algum desde o anúncio da primeira reunião do ABRPROSUS eu emiti opinião sobre o que achava da criação da associação. Mas vou emitir agora. Acho extremamente temerário e, até, desnecessário. Primeiro por uma simples questão: as empresas mal entendem o conceito de sustentabilidade, que dirá quem é o profissional de sustentabilidade. 

E segundo porque num futuro, espero que bem próximo, sustentabilidade não terá necessidade de ser área, mas uma competência dentro dos outros processos. Marketing sustentável, supply chain sustentável, finanças sustentável, comunicação sustentável, RH sustentável, TI sustentável, P&D sustentável... percebem a diferença?

Mas enquanto esse dia não chega, fica a pergunta do milhão: quem é o profissional de sustentabilidade? É o engenheiro ambiental? É o analista de SHE/SMS? É a assistente social/ psicóloga que trabalha nos projetos corporativos nas comunidades? É o RP/jornalista/publicitário que faz o relatório de sustentabilidade? É o gerente de marketing que lança produtos sustentáveis? É o gestor do instituto que cuida do ISE? Para mim nenhum desses é profissional de sustentabilidade. São apenas profissionais com experiência técnica em assuntos relacionados à responsabilidade social e responsabilidade ambiental.

Ainda na matéria do jornal O Globo, perdida lá no meio, a chave para realmente começar a dar uma cara para o profissional de sustentabilidade. Foi simplesmente perfeita a afirmação do professor Ciro Torres, do IAG da PUC-Rio, de que o maior desafio é as empresas conseguirem selecionar os líderes capazes de integrar os princípios da sustentabilidade a todas as áreas da empresa. Ou seja, volta para o que falei antes de marketing sustentável, supply chain sustentável etc etc etc.

Uma coisa que essa matéria deixou subentendida e que não condiz com a realidade do mercado da sustentabilidade, é que por mais que as empresas falem lindamente sobre esses profissionais e a importância deles, da forma como está hoje é uma área fechada, super difícil de entrar e absurdamente enxuta. E vai continuar assim enquanto não superarem a visão de responsabilidade social/custo necessário para a empresa. Ou seja, todos os CEOs vão dizer que é um imperativo para o negócio, mas contratação que é bom, nada.

Na verdade, mais do que aumentar a contratação de profissionais técnicos em RSA ou RSE, quando as empresas realmente se derem conta de que sustentabilidade é investimento e processos, todos os funcionários, independente da área, terão de ser profissionais de sustentabilidade.

domingo, maio 08, 2011

A era da desinformação e a sustentabilidade das sacolas plásticas

Não tenho dúvidas que as discussões em torno da sustentabilidade, aquecimento global, sacolas plásticas: usá-las ou não e outras questões ligadas ao ambiente passam por muitos interesses políticos até chegar a nós, "meros mortais". Dessa forma, as informações que nos chegam, através da grande mídia (por vezes manipuladora das informações) vêm cheias de não verdades. O que fazer nessas horas, além de buscar informação pelos meios extra oficiais, conversas etc?

Faço parte de um grupo de discussão sobre sustentabilidade empresarial, da rede social linked in, e tive acesso a uma discussão sobre a troca das sacolinhas plásticas de nafta, material reciclável, pelas de biopolímero, as que temos hoje. Essa discussão foi suscitada através de uma matéria que saiu na revista Época sobre a utilização das sacolas plásticas e a troca das mesmas por sacolas retornáveis. Na matéria, que segue no link http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI229520-15259,00-MIGUEL+BAHIENSE+O+PLASTICO+E+BOM+PARA+O+AMBIENTE.html, foi entrevistado um representante da indústria do plástico.

Vale a pena ler e ver a posição dele sobre o uso de tais sacolas. Outro ponto interessante é perceber que não foi ouvido nenhum especialista para confirmar os dados científicos usados na matéria, que falam que as sacolas de material oxibiodegradável não são biodegradáveis. Bom, depois que você ler a matéria, dá uma olhada na opinião do especialista Michael em resposta à matéria publicada. Chegue à sua própria conclusão sobre o uso de sacolas no ramo comercial, sejam as plásticas ou as retornáveis. Vale a reflexão sobre o nosso comportamento enquanto consumidor e receptores de informação. Lembrando também que outras questões mercem atenção: "qual o percentual de sacolas à base de nafta efetivamente reciclado? O material poderia servir para novas sacolas, e por quantas vezes? Quais as emissões geradas no ciclo de vida de um e outro material?Essas informações são muito mais importantes do que a reciclabilidade... "

Segue a reposta de Michael abaixo:

"Senhor Editor,

Faço referência à reportagem acima, publicada na recente edição dessa conceituada revista e usando o direito democrático da liberdade de expressão e reiterando o meu respeito pela liberdade de imprensa, me permito tecer os seguintes comentários.

A reportagem aborda os aspectos da atual polêmica estabelecida a respeito das sacolas plásticas de polietileno e das ações que envolvem a discussão sobre a sua utilidade ou não. Não pretendemos nos envolver de forma direta nessa polêmica, pois somos meros coadjuvantes e entendemos que o assunto deve ser liderado pelos representantes da indústria plástica.

Em uma das perguntas feitas ao Sr Miguel Bahiense, a repórter faz uma afirmativa categórica a respeito da tecnologia que representamos que entendemos como pouco cuidadosa, pois não representa o que a ciência dos polímeros já atesta há mais de 40 anos. Como mencionei, a liberdade de expressão é um direito inalienável, mas o direito à informação fundamentada também representa um desses direitos. A afirmação de que "O plástico oxibiodegradável não é biodegradável. Só vira pó.", traz em si um julgamento que mereceria que os representantes da indústria dos aditivos oxibiodegradáveis fossem ouvidos, e que deixa no leitor a impressão de que todos aqueles envolvidos na indústria dos aditivos oxibiodegradáveis não são pessoas honestas pois fazem afirmações inverídicas. Posso lhe garantir, senhor Editor, que eu e meus colegas somos um cidadãos honestos e que temos muito orgulho do que fazemos e da causa que abraçamos. As pessoas que desenvolveram essa tecnologia são cientistas que fundamentaram seus estudos na ciência química dos polímeros e já publicaram extensa bibliografia a respeito, disponível a todos aqueles que realmente são adeptos da verdade.

Até hoje, nenhum daqueles que fizeram afirmações como a que foi feita pela referida repórter apresentaram qualquer evidência que fundamentasse que a tecnologia não atua da forma como propõe. A Norma Técnica Internacional ASTM 6954-04 descreve em detalhes todos os processos de testes dos plásticos oxibiodegradáveis e determina as condições para que estes sejam assim enquadrados, reconhecendo, de forma objetiva, a sua efetividade desde que cumpridos os requisitos técnicos de produção.

A Willow Ridge Plastics Inc, juntamente com outras empresas produtoras da tecnologia, produzem esses materiais há mais de 15 anos, com dedicação total à sua pesquisa e desenvolvimento e com a utilização das normas internacionais consagradas de testes e comprovações mediante equipamentos de última geração. Trata-se de um assunto sério e que gostaríamos que merecesse a atenção e consideração da imprensa séria como a Revista Época.

Cordiais Saudações e nossos respeitos à liberdade de impresa e de expressão."



Condomínios sustentáveis - Planejamento = + eficiência!

Acabo de conhecer esse blog do Renato Munhoz, analista de sistemas e síndico, que trata de disseminar as boas práticas na gestão de condomíos. Acho o trabalho louvável, além de ter tudo a ver com os tempos de hoje. É mais uma tentativa de otimizar recursos, tempo e grana para ter um resultado mais eficiente. Vale a pena conferir as dicas e acompanhar os novos posts.

http://condominiossustentaveis.wordpress.com/