sexta-feira, abril 20, 2012

Querer dar boa destinação aos resíduos sólidos nem sempre é poder


Como mostra essa matéria do site Doe seu lixo, fica muito difícil para as cidades colocarem em prática suas políticas públicas de destinação dos resíduos sólidos. Apesar das leis promulgadas e da boa vontade de alguns, a grande burocracia brasileira empaca, e muito, a execução de práticas ambientalmente corretas.
Veja aí como é complicado querer agir corretamente, neste caso, aqui no Brasil....
O excesso de burocracia é um dos principais entraves que impedem o cumprimento da determinação de acabar com os lixões até 2014, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A reclamação dos prefeitos é que o prazo é apertado para cumprir todas as exigências previstas na lei. O prefeito de Paranaguá (PR), José Baka Filho, disse que a cidade aguarda há seis anos a liberação de recursos para a construção de um aterro sanitário. “O lixão é uma chaga, uma doença enorme dentro da cidade. Além dos problemas de ordem ambiental, nos deparamos com os problemas de ordem burocrática”.
Além de determinar o fim dos lixões em todo o país, a nova legislação prevê a redução gradual do volume de resíduos sólidos recicláveis que ainda são enviados aos aterros. A ideia é que, cada vez mais, esse material seja encaminhado para tratamento e reciclagem adequados.
A secretária de Meio Ambiente de Mesquita (RJ), Kátia Perobelli, reclama que, além da burocracia, há o alto custo para construir um aterro sanitário. Em Mesquita, a coleta seletiva de lixo é feita desde 2005, em parceria com cooperativas de catadores. “Os municípios não vão conseguir cumprir o cronograma da lei. Em Mesquita, temos sete anos de programa e, hoje, só consigo enviar 1,6% do lixo reciclável da cidade para as cooperativas”, explicou.
A lei também determina que, até agosto, os municípios iniciem seus planos de gestão de resíduos sólidos. “Só receberão recursos os municípios que tiverem, pelo menos, iniciado a elaboração de seus planos”, explicou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa.
Fonte: Folha de Pernambuco
           http://www.doeseulixo.org.br/ultimas-noticias/burocracia-impede-fim-dos-lixoes/

A Rio+20 se aproxima e é cada proposta absurda que aparece: Novo Autódromo destruirá Mata Atlântica


Vê se pode a Prefeitura da cidade que vai abrigar a Conferência da Rio+20, a nossa mesmo, consentir a destruição de um autódromo já pronto, para ser construído em outro lugar próximo e ainda num área de mata atlântica!!!!! O que há com esse povo? 
Pois bem, o que acontece é isso mesmo. Por mais absurdo que seja há um projeto para os jogos olímpicos que prevê a destruição do atual Autódromo de Jacarepaguá e a sua reconstrução a um kilômetro dali, numa sítio de relevante valor paisagístico e ambiental para a região, passando por cima de uma Lei de Proteção Ambiental!!! E pior, há, em Jacarepaguá, uma área, de posse do exército (mesma situação da área preservada onde querem construir), que já foi desmatada e pronta para ser utilizada, sem construção nem nada. Por que esse povo insiste em destruir várias áreas ambientais e fazer reconstruções sem fim?
Pelo que li na matéria abaixo da Andrea Redondo, há muitos interesses envolvidos nessa negociação, como os da Associação de Automobilistas, com certeza, do Governo e das empreiteiras prestadoras e serviços para a Prefeitura. Agora, até quando os interesses econômicos e políticos vão prevalecer sobre a preservação ambiental e a qualidade de vida?
Vejam abaixo o texto, na íntegra, de Andrea Redondo:
O Conselho Municipal do Meio Ambiente rejeitou a proposta de construção do novo autódromo do Rio na área do Morro da Estação, em Deodoro, e recomendou ao prefeito Eduardo Paes um novo local, a um quilômetro de distância. Aprovado por unanimidade, o relatório técnico mostra que o Morro da Estação, classificado pelo Plano Diretor como Sítio de Relevante Interesse Paisagístico e Ambiental, perderá espécies remanescentes da Mata Atlântica, também protegida por Lei Ambiental Federal. Trata-se de uma área pertencente ao Exército, e que equivale a 103 campos de futebol. Tem vegetaçao primária e secundária, com espécies que já alcançam mais de 4 metros de altura, num conjunto denso de floresta.
O presidente do conselho, Carlos Alberto Muniz, que é secretário de Meio Ambiente e vice-prefeito da cidade., concordou com a indicação do Consemac .O autódromo será uma concessão municipal. A prefeitura acordou formalmente   com a associação de automobilismo que só fecharia o antigo autódromo , em Jacarepaguá, quando o outro estivesse construído. .O local do atual circuito será usado para sede do Parque Olímpico.

Na reunião do Consemac, os técnicos ressaltaram que a zona Norte  é carente de áreas verdes e que perder uma cobertura de vegetação de Mata Atlântica para a construção de um autódromo vai em direção contrária à pol[itica de sustentabilidade. Ressaltaram a existência da área próxima à indicada, já quase sem vegetação, cujos impactos seriam muito menores. Esta outra área também pertence ao Exército.

O Rio sedia em junho o mais importante evento de cúpula de meio ambiente - a RIO+20 .e várias entidades ligadas a questão da sustentabilidade pretendem levar o tema aos debates. Na Câmara Municipal, as vereadoras Andrea Gouvêa Vieira e Sônia Rabello se movimentam para exigir  da prefeitura o atendimento à recomendação do Consemac.

quinta-feira, abril 19, 2012

Corrupção de cima a baixo: há de ter uma resistência!

O que dizer desse vergonhoso caso do bicheiro Cachoeira envolvido com O senador Demôstenes Torres, deputados federais e com o grande conglomerado de comunicação do Grupo Abril, Organizações Globo e com a Folha de São Paulo?

Como comunicóloga, com graduação em publicidade, fico um tanto envergonhada de ver colegas profissionais (por vezes, muito competentes) se vendendo e fazendo matérias mentirosas, ocultando informações criminosas DE INTERESSE PUBLICO para benefício político. Sei que isso acontece desde sempre e até acho interessante tudo isso estar vindo a tona.

Mas insisto em acreditar que ainda há muita gente boa no campo da comunicação joranlística que forma uma resistência a esse outro bando que se vende. Infelizmente a corrupção está mais dentro das grandes empresas de comunicação que, apesar destas apresentarem, muitas vezes, matérias tendenciosas e parciais, são as que apresentam mais ibope.

Faço aqui um apelo para a busca de informações em meios alternativos sempre. Vivemos num mundo onde ter apenas um meio de comunicação, tornou-se igual a não ter nenhum ou a saber a informação só pela metade. Copio o link de um dos sites que tem dado informações mais coerentes com a realidade, O Conversa Afiada do Jornalista paulo Henrique Amorim.  urlm.in/mckd

Coloque-o no seu favorito por gentileza. Vamos formar a força da resistência por uma informação clara e coerente.  Afinal, informação é direito de todos!

quarta-feira, abril 18, 2012

Os Mamutes do sonho de Jô Bilac são os mamutes da vida real

Essa semana assisti à peça de teatro Os Mamutes, escrito por Jô Bilac, e simplesmente amei. Mais do que um chamada para ação, o espetáculo tem várias referências da bestialização do mundo em que vivemos e de muitos dos seus valores.
Através do olhar de uma menina de 9 anos, a narradora da peça, que flutua entre o olhar infantil e a risada maquiavélica de uma bruxa, interpretada maravilhosamente por Débora Lamm, a história de vida de um rapaz em busca de trabalho passeia por ideias de extermínio, ganância, banalização do real, troca da vida por dinheiro, abandono dos valores e da essência humana para fazer parte de uma falsa realidade próspera e muitas outras tristes realidades da desconexão humana do real e cotidiano.
No final das contas, Isadora Faca no Peito enfia a faca no peito dos espectadores ferindo-nos com as verdades da realidade da vida. Mostra que uma pessoa boa pode ser, apenas, uma impressão de bondade inexistente, que a ganância transforma pessoas e mata outras, que os valores da sociedade são regidos por interesses políticos, que as pessoas, na sua maioria, são bestializadas por esses interesses políticos de uma forma tal que perdem a capacidade de agir e reagir, defendendo seus reais valores, que a vida real é um espetáculo feito de marionetes. Mas quem manipula esses marionetes?  Como rasgar o fio e ser livre da manipulação?
Jô Bilac sonhou e expressou em arte a necessidade das pessoas agirem mais e falarem menos. Deixar os óculos e a essência mamute de lado e realmente VER e VIVER.

sexta-feira, abril 13, 2012

Cidade em alerta

Os problemas da cidade do Rio de Janeiro não devem e não podem ser vistos com naturalidade por nós moradores. Essa semana reparei com mais atenção em 3 terríveis problemas estruturais da cidade. Um ligado à estrutura da nossa antiga e histórica Ponte Rio-Niterói, outro dos problemas de fiação dos postes de energia do bairro da Freguesia e, por último e muito sério, o problema de superlotação do metrô na cidade "Maravilhosa".
Ponte Rio-Niterói transporta milhões de carros, ônibus e caminhões por dia ligando o Rio a Niterói. Esse tráfego intenso pediria uma boa estrutura da construção da ponte, além de boa organização para a iluminação do trajeto, né? Pois bem, o que se vê são buracos de fiação destampados, fios saindo desses espaços e buracos no concreto.
O serviço de iluminação para a cidade do Rio, com todos os seus bairros inclusos, deveria ser tratado como prioridade pelos governantes e pela empresa fornecedora de luz, e pelos dois em conjunto!! Talvez a busca por boas soluções de fornecimento de energia conjunta pudesse trazer melhores soluções para postes e gestão de todos os fios de fornecimento, evitando as constantes faltas de luz e apagões...
O metrô do Rio é uma verginha. Serve a muitas pessoas, mas não à demanda da cidade. Isso é fácil de perceber, basta andar de metrô na hora de mais movimento e experimentar a sensação de lata de sardinha. Mas isso, tenho quase certeza que os governantes não fazem, e nem os gestores e diretores da concessionária MatrôRio... Cenas como essa, são muito comuns infelizmente...
Cabe a nós, cidadãos, registrar essas cenas e cobrar atitude dos governantes. Talvez a pressão funcione para, pelo menos, chamar a atenção das autoridades para a insatisfação de todos em relação aos serviços prestados por elas.

Uma mentira contada várias vezes vira verdade

Não é que esse ditado bem que é uma verdade muito verdadeira.

Há muito ouvimos falar do desmatamento na Amazônia, da pobreza do país, de que estAMOS acabando com os nossos recursos naturais etc. Mas, peraí? EstAMOS se refere a quem? Nós brasileiros ou aos outros países americanos e europeus que compraram ou se apossaram de grandes quantidades de terras na Amazônia, dizendo que estavam fazendo pesquisas e tal e, na verdade, acabam ficando e brigando pela posse das nossas terras? E eles sim, levam nossos recursos naturais, desmatam nossa floresta amazônica, se acham no direito de patentear nossas espécies da floresta...

Não é que os brasileiros não desmatem ou cuidem muito bem de seus território, no que diz respeito à natureza, mas é verdade que a presença estrangeira nas terras Amazônicas tem crescido exponencialmente, segundo os dados presentes no vídeo a seguir. E o mais engraçado é que esses estrangeiro têm índices nacionais de desmatamento, emissão de carbono etc muito maiores do que o do Brasil.

Tomara que esses países venham ao Brasil na Rio+20 e discutam, de forma transparente, a questão da preservação da biodiversidade no Planeta (incluindo, sim, todos os países e cantos deste Planeta Terra) e a manutenção das áreas verdes de onde, por um acaso, forem extraídos os recursos naturais. Utopia? Não. Trata-se de um pedido para que os governantes de todas as partes do mundo comecem a pensar de forma holística e compartilhada na vida que querem proporcionar às pessoas de ses países.

Não adianta ficar de olho nas riquezas da Amazônia e querer tornar-se dono de tudo o que é do Brasil e, depois, vir com um discurso de nação sustentável e de preservação ambiental... Isso não vai colar. As pessoas estão ficando cada vez mais conscientes e seguras de seus papéis de monitorar o trabalho de seus governantes, de buscar informações corretas, enfim, a torre dos livros proibida, muito emblemática para mim no filme "O nome da Rosa", começa a cair e se abrir. Talvez não haja mais espaço para tanta enganação política. Não para consciências que pensas em sustentabilidade...

Sei que, para isso, tem que haver uma quebra de paradigma e uma transformação na forma de pensar e agir de cada um e de todos ao mesmo tempo. Tem que ser uma mudança de dentro para fora. Por isso defendo a ideia de que não há como termos governantes pensando fora da linha da sustentabilidade num ano de Rio+20 e no século XXI, apesar de ter noção de que esse pensamento ainda deve ser muito semeado no Brasil e no mundo. Mas, tenho certeza que somos um dos países mais conscientes da relevância da natureza para a manutenção da vida e da importância da preservação da biodiversidade quando comparado a países super desenvolvidos.

Apenas torço para que menos e menos políticos vendam a Amazônia, para que brasileiros acreditem na riqueza que ainda há nas nossas terras e protejam-na e para que tudo isso seja discutido, em junho, na Rio+20.

terça-feira, abril 10, 2012

Atrocidades do metrô

Cada dia mais quem usa o metrô percebe que a famosa frase "Permaneça atrás da linha amarela para sua segurança" não tem quase efeito nenhum. Pessoas se espremendo para ficarem na primeira linha de quem entra no vagão e disputa, na liderança, por um assento é o que mais se vê. Aí não tem mais faixa colorida ou setas coloridas no chão, indicando o local de entrada e saída nos carros, que dê jeito. Nessa hora, a de ida e volta para o trabalho especificamente (no horário comercial),
a vida vale menos que um assento no metrô do Rio de Janeiro.

E aí é entendível que o metrô, como instituição, se vanglorie da sua supervalorização para menosprezar o direito a transporte de segurança para seus clientes?


É bacana ver pessoas se espremendo e correndo em busca de um assento no vagão do metrô, muitas vezes esbarrando nos outros e causando acidentes?


E ainda, é possível esse mesmo metrô aumentar o valor da passagem tendo um serviço que não atende a demanda da cidade?

Além de ter mais usuários do que pode atender, das filas imensas no micro espaço para entrada no vagão, da falta de uma campanha educativa para os usuários (que poderia funcionar), é recorrente estar viajando no metrô e logo vir uma freada brusca no meio do trajeto, precedida, imediatamente, de um pedido de desculpas do condutor (o que irrita o usuário ainda mais). Outra atitude recorrente é, devido ao apinhamento de pessoas no vagão e à falta de lugares para tanta gente em pé se segurar, a utilização das placas de ferro estruturais dos carros como fonte de segurança dos passageiros.

Resta a dúvida se os funcionários do MetrôRio utilizam o serviço de transporte que vendem. Talvez se usassem mais iriam ver as falhas do sistema e o quanto isso contribui para a falta de segurança desse meio de transporte.