sexta-feira, agosto 17, 2012

Espetacularização do real e nós

Quem não leu o texto "A sociedade do espetáculo" de Guy Debort, deveria ler para entender uma grande característica da sociedade pós-moderna que vivemos. Tempos onde informação e fatos do cotidiano tornam-se espetáculo para as massas (nós), através do olhar e da interpretação dos meios de formação e de quem trabalha para informar. Ou, melhor dizendo, desinformar.

Não quero, aqui, generalizar. Pois ainda dá para encontrar e talhar informação pura. Mas, para isso, é necessário ter muita paciência e persistência, além de conscientização, coisa que muita gente não tem.

Hoje vivemos exemplos claros desse espetáculo social, como exemplo vou citar a questão da investigação da CPI do mensalão. No início desse processo, a maior emissora de TV nacional transmitiu ao vivo o começo da sessão, como se o que estivesse acntecendo fosse um grande show emocionante. E, de fato, esse tipo de investigação existe ou deveria existir sempre. Afinal, INFELIZMENTE, a corrupção no sistema governamental brasileiro acontece desde o século XIX.

Vamos assistindo a essa desinformação do cotidiano, nas notícias do governo, de desastres civis ou qualquer outro assunto que a grande mídia considere que seja importante (para os interesses dela e da política governamental) que a população saiba e se preocupe. Mas, na verdade, a gente tem é que cuidar para não entrarmos nesse jogo da desinformação e nos assegurarmos de ocupar noosa cabeça e atenção com questões que são muito importantes para nós. Que não damos atenção para o que outras pessoas e interesses queremo nos guiar.



O trabalho é árduo, mas o resultado é bem melhor. Só entra nessa montanha russa de interesses, quem quer.

Atenção meu povo!

quinta-feira, agosto 16, 2012

Artista das bicicletas, das ruas e da vida

Outro dia estava andando de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas e precisava consertar o freio da minha magrela, foi quando avistei um senhor com aparatos de mecânico de bicicleta e pensei que seria uma ótima oportunidade para ter o meu freio aparado. Mas, nesse dia, não pude parar e voltei no dia seguinte.

A "oficina" ao ar livre do Senhor Rui é sensacional. Além de consertar bicicletas, o artista faz quadros e esculturas conceituais com pedras portuguesas que descolam do chão, galhos quebrados e muitas outras coisas. Indico a quem puder dar uma paradinha na orla da Lagoa, em frente ao Clube Monte Líbano, e apreciar a obra do artista Rui. E se precisar consertar a bicicleta, ele é rápido, eficiente e não cobra caro.

Além de apreciar a linda paisagem local, principalmente no final da trade, poderá ter um papo agradável sobre responsabilidade, ou melhor, irresponsabilidade das autoridades com espaço público, representada na obra "Pedra Voadora" (em 2 exposições, presa numa árvore e outra mais perto do chão), e sobre política na obra "Tela do Rui". O Senhor Rui é um ótimo papo e muito esclarecido. Vale o passeio!




Bicicleteiro (tem a bicicleta como seu meio de transporte principal), mecânico, ecológico, artista e performer, Sr Rui ainda se encaixa no conceito de resiliência (que anda super em alta)! Fazendo arte com os restos da irresponsabilidade política e pública, Senhor Rui é, com certeza, o mecânico da moda!


Serviço:
Mecânico Rui
Lagoa Rodrigo de Freitas, em frente ao Clube Monte Líbano - de quarta a domingo, das 12 às 17h.