sexta-feira, maio 18, 2012

Quem desenhou o tráfego carioca não planejou

Ontem participei de um evento na Barra e passei o dia inteiro naquele bairro. Tenho medo de ir para a Barra por conta do trânsito kilométrico constante para chegar ou sair daquela região e por eu ter total consciência da falta de planejamento de tráfego para a nossa cidade do Rio de Janeiro. Chegar até lá, saindo da Zona Sul,  de carro, já é difícil, imagina de transporte público??!!! Enfim fui e não peguei muito trânsito, mas, na volta...................... foram 2 horas da Barra até a Zona Sul, sem ter muitos motivos evidentes.

CARAMBA! Até quando ir e voltar da Barra no horário comercial será uma martírio para todos que enfrentam essa tenebrosa tarefa? Somos cobrados para andar menos em carros, enquanto as concessionárias reduzem preços de impostos e incentivam a venda, cada vez maior, de carros. Os fabricantes de automóveis estão crescendo mais e mais e a indústria automotiva segue o rumo capitalista sem ligar, aparentemente, para o consumo consciente de carros ou para o comércio justo. O incentivo à venda não vem acompanhado de uma campanha de conscientização sobre o consumo de carros ou sobre o bom comportamento no trânsito.  Isso sim é importante!

Além da grande quantidade de carros na cidade, o comportamento dos motoristas também deixa muito a desejar. Carros e motocicletas não se respeitam. Taxis e ônibus se acham os motoristas donos das ruas e carros de autoridades passam a torto e a direito como doidos ligando suas sirenes, muitas vezes, sem necessidade. Atomóveis fechando cruzamentos, parados em cima das faixas de pedestres etc, contribuem para o caos e o nós no trânsito carioca...

Uma pergunta: como será para as pessoas se locomoverem durante os próximos grandes eventos na cidade? Será necessário instaurar feriado, como vai acontecer na Rio+20, para todos os eventos que vierem para a grantia de que as pessoas vão sair e conseguir trafegar bem aos seus destinos?

Finalmente saiu a Lei de Acesso à Informação! Rumo à democracia!

Continuando sobre os acontecimentos importantes dessa semana de 2012, no dia 16 de maio, última quarta-feira, entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação Pública, finalmente. Sempre torci para que esta fosse aprovada e praticada logo pois acredito que a transparência das informações ´um grande passo rumo à democracia real.

Num país onde os militares ainda comemoram o golpe militar e que vive sob a tutela de um Estado católico apostólico romano, que em nas cédulas de dinheiro escrito "Deus seja louvado", não pode se dizer democrático de fato. Tomara que, a partir desse acesso à informação, todos possam ter mais consciência de que ainda vivemos resquícios de uma ditadura de informação e que possamos lutar mais contra pela liberdade de expressão.

Também essa semana li que um veículo de comunicação de TV se recusou a transmitir a campanha eleitoral de um candidato do PT... Sendo que qualquer candidato tem o direito de veicular sua campanha na televisão, e o veículo, ao meu entender, não pode negar a exibição. Pode, Arnaldo?

Falta tanto para atingirmos um nível de sociedade democrática e socialmente responsável... Bobos são os que têm  a ilusão de que o Estado brasileiro é democrático e aberto. Talvez estejamos caminhando para isso. Mas, caminhando...

Para saber mais sobre a Lei de Acesso à Informação clique aqui.

Precisa-se de mudança cultural para novo consumo

No último dia 14 de maio, foi comemorado os 20 anos do CEMPRE(Compromisso Empresarial para reciclagem), ou seja, 20 anos de investimento das empresas em reciclagem.  Eu fui lá conferir os avanços da reciclagem no mundo corporativo e fiquei feliz por um lado. Há empresas investindo me reciclagem aqui no Rio e investindo na capacitação dos catadores de lixo também. Isso é bom porque os catadores são os personagens principais do ciclo da reciclagem no momento.

São eles os responsáveis por coletar o lixo seco para dar a destinação mais apropriada, apesar de fazerem parte de uma classe em estruturação ainda. Eles fazem o papel que empresas de coleta de lixo já deveriam estar fazendo e parece que não estão. Nesse evento pude descobrir que não há um interesse verídico das empresas em fazerem essa coleta seletiva porque o preço pag pelo lixo é calculado em cima da quantidade contida em cada caminhão. Dessa forma, se o lixo é separado, os caminhões vão conter menos lixo por unidade, né?

Mas numa época em que se fala tanto em sustentabilidade e no consumo consciente, quando a lei de Resíduos Sólidos foi aprovada, por que não investir na coleta seletiva do lixo e repartir lucros com os stakeholders deste proceso, levando em consideração o ciclo de vida de um produto e logística reversa? Talvez muitas empresas ainda não tenham percebido a importância de focar no reaproveitamento e reuso do lixo, e não tenham em mente o valor que os resíduos têm... Talvez por conta do valor cultural do lixo na nossa sociedade, equivalente a 0 ou negativo.

Inicialmente fiquei chocada de nenhum representante de empresas coletoras de lixo, com a Comlurb, estarem participando do evento. Tudo ficou mais claro depois de entender os interesses políticos que permeiam o mundo da reciclagem e da coleta de lixo. Saí com a certeza de que, enquanto a cultura do consumo não mudar, e os nossos valores com relação a lixo e os profissionais que trabalham na coleta e tratamento do lixo, o descarte ainda será feito de maneira errada e as grandes empresas ainda vão focar no consumo enlouquecido e na obsolescência planejada de cada um deles.

Para saber mais sobre o negócio da logística reversa clique aqui.

quarta-feira, maio 16, 2012

Ser vulnerável

Vulnerabilidade, existe dentro de todo mundo.

Escondida ou sobressaltada pode, muito bem, causar uma arrevoada. Ora esconde, volta e meia salta nas meias voltas da vida, e mostra uma face escondida do ser vivo frágil e a mercê de todas as coisas.

Um momento, uma hora, um segundo de frustração, encolhimento e nenhuma reflexão (quando submetido a extrema pressão).

De verdade, essa tal vulnerabilidade que assusta e desnuda está sempre ao nosso lado, em todas as decisões e relações que temos e fazemos. Saltar ou esconder?

Ser vulnerável assusta e faz cair nossas máscaras e personas de coragem e arrogância que, hora e outra, nos engrandecem. Um crescimento e sentimento falsos ou não, mas logo que chega, a vulnerabilidade, por pior que seja, mostra que, em todos, bate um coração.


quinta-feira, maio 10, 2012

Urbanização bem feita não é vilã para o ambiente

Essa semana li que a urbanização desenfreada é uma dos grandes vilões do ambiente. Contudo não concordo com essa afirmação, uma vez que existem vários exemplos de urbanização em torno do mundo que previlegiam o meio ambiente nas cidades.

Hoje em dia estã muito populares conceitos como o de cidade sustentável e resiliência urbana. Será que os planejadores das cidades ainda não sabem disso ou têm preguiça de fazer? O sub-prefeito do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Vieira Muniz, é bem voltado para a discussão de assuntos que tenham a ver com a preservação do meio ambiente, só falta colocar isso em prática nos projetos do município, né?

Para apreender estratégias para a construção de cidades resilientes e sustentáveis , o Sr Carlos deveria participar mais das atividades do Instituto Inverde, que realiza palestras e cursos no tema. As palestras são gratuitas e abertas a todos. A próxima será na quarta-feira que vem (16/05).
Fiquem atentos!


quarta-feira, maio 09, 2012

Quando uma religião específica é mais forte que um Estado LAICO

Certo dia eu estava viajando num taxi até Copacabana e conversava com o taxista sobre algum assunto ligado a religião e política quando este me diz que em toda cédula de dinheiro brasileiro há uma escritura dizendo "Deus seja louvado". Não podia acreditar no que via e ouvia e no real peso que a religião católica tem no país. Questionei o que o dinheiro tem a ver com religião e, logo,  me veio a cabeça o fato de a maioria dos nossos políticos (a maioria ladrão), sempre serem ligados a alguma religião. Será que se sentem protegidos por Deus até na hora de roubar e desviar o dinheiro do povo?

Continuei no meu questionamento de como é que pode um Estado que se diz laico ter escrito em todas as suas cédulas monetárias "Deus seja louvado" e resolvi pesquisar sobre o assunto. Nessa pequena pesquisa descobri que a orde de escever "Deus seja louvado" nas cédulas de dinheiro vem direto do Conselho Monetário Nacional (CMN). A Casa da Moeda e o Banco Central apenas seguem ordens... Ok, mas a ordem dada pelo CMN, que fere os direitos do cidadão de ter a diretriz religiosa que bem entender, e também vai contra o que diz a Constituição Nacional de 1988 (Estado e religião devem ser mantidos separados), vem de quem? Será que els têm um contato secreto com as forças metafísicas?


No início deste ano, houve um procurador que entrou com uma ação no MPF contra a Casa da Moeda para a retirada do escrito no dinheiro. Parece que a ação não deu em nada e, no final das contas, o Banco Central alegou que "a inscrição nas cédulas segue a Constituição, que foi promulgada “sob a proteção de Deus”". Entendido? Essa hipótese será maior que tudo o que regulamenta o nosso país e o nosso Estado?


Tendo ou não, é um absurdo que um Estado laico tenha a religião como símbolo nas cédulas financeiras. O mínimo que se podia fazer, era rever essa constituição que já já vai fazer 30 anos... Ou.... Riscamos as frases de nossas cédulas e agimos com está escrito na Constituição do Brasil!


Para saber mais sobre o caso do procurador clique no link a seguir: 
http://espiritismo-estudo-duvidas.com/2012/02/15/deus-seja-louvado/

Alerta! Casos de saúde não podem virar estatísticas.

Essa semana li no jornal que o Hospital de Ipanema está em vias de fechar suas portas para a instalação de um centro de transplantes no local. Como se estivéssemos super bem servidos de hospitais públicos e particulares e pudéssemos sair fechando hospitais desse jeito. Já não bastam os hospitais abandonados e os jogados às traças que se encontram nessa nossa cidade maravilhosa?


Outro caso assustador de descaso para mim, é do Hospital São Sebastião no Cajú. Fechado, em 2008 , o Hospital de Infectologia de São Sebastião, também no Cajú, referência nacional no tratamento de doenças infectocontagiosas, tem, hoje, seu terreno ocupado por uma pequena comunidade comandada por uma milícia. Vergonhosa situação onde nenhuma das instâncias governamentais faz nada para mudar. E olha que o Brasil é deficitário em saúde em muitos dos seus estados, em todas as partes do país!


Não bastassem os hospitais em vias de fechar, outros abandonados etc, os que ainda funcionam não vão bem das pernas. Recebi um relato sobre Amanda, uma paciente grávida e anêmica que, ao procurar atendimento hospitalar na rede pública para ter seu bebê e viver bem com ele, acabou sendo morta por negligência dos médicos locais em adotarem os procedimentos de praxe para salvar a vida naquele caso. Exemplo de descaso maior não há. Será preguiça em exercer a profissão?


Pelo que entendo, é dever do médico trabalhar para salvar, manter ou melhorar a vida de quem está por essas bandas da existência na Terra. Será que interesses excusos, políticos e horrorosos estão fazendo a cabeça de alguns médicos hoje? Que absurda essa hipótese. Que esses malditos médicos assassinos sejam caçados e punidos por alguma lei, nem que seja a lei da existência.


Veja o relato dessa atrocidade que recebi de Priscila Pereira, tia da criança sobrevivente:



"No dia 03/05 por volta de 00:30 estava indo para o CTI ver minha sobrinha, quando fui
abordada por uma enfermeira do hospital,que me segurou pelo braço e disse que tinha algo
muito importante a me dizer. Porém declarou que nunca falaria publicamente o que iria me
contar.


A enfermeira relatou que precisa me contar sobre o parto da Amanda (minha sobrinha
falecida), pois já não aguentava mais ver o que estava acontecendo naquele hospital e nada
ser feito. Que muitos ali estavam angustiados pelo que aconteceu com minha sobrinha só não
tinham coragem de falar.


Sobre as coisas que me falou:


1- Que minha sobrinha Amanda chegou bem ao hospital, que na entrada ela(Amanda) e a
tia comunicaram que ela estava com anemia e estava tomando um medicamento, que
o noripurum estava na bolsa.
2- Que após a ministração de um medicamento, Amanda começou a sentir falta de ar. E o
médico disse ser uma reação normal ao medicamento.
3- Que ás 03:00 da manhã Amanda já não respondia pois estava muito cansada,pelo
trabalho de parto.
4- Que uma enfermeira o sugeriu fazer uma cesariana e colocar uma bolsa de sangue e o
mesmo médico disse que o parto seria normal.
5- Que já na mesa de cirurgia Amanda tem um corte (episiotomia) que começa a sangrar.
6- Que a Dr(a) Ana Cristina solicitou que colocasse gelo no local, após fazer a sutura e
encaminhá-la á sala de pré-parto para ficar em observação.
7- Amanda estava muito agitada e o médico, perguntou se ela fazia tratamento
psiquiátrico e a tia disse que não.Ele mandou que a enfermeira desse um calmante pra
ela dormir.
8- Que o diretor do Hospital pediu á algumas pessoas para que me observem e repassem
informações sobre o que estou fazendo e o que estou falando ao telefone para ele.
9- Que o laudo do IML já estava comprado, mais que R$30.000 mil, que não adiantava
eu procurar a comissão de investigação de saúde do Município, pois os médicos
são corporativistas e todos já tinham sido comunicados sobre o caso pelo diretor do
hospital.
10- Que outras pessoas já tinham passado pela mesma situação. Aí falei que o diretor disse
que durante toda a existência da maternidade este era o 2º óbito. Ela me disse que é
mentira, que como o hospital não tem UTI eles repassam para o Hospital Salgado Filho
e a pessoa morre lá ou no caminho. Que era o que tentaram fazer com Amanda mas
não deu tempo.
11- Disse também que minha sobrinha não tomou nenhuma bolsa de sangue como está no
prontuário e que o prontuário estava todo alterado.
12- Que uma enfermeira fez um relato de duas folhas, contando a verdade sobre o que
houve e os médicos retiraram essa folha.
13- Que existe um bebê no CTI que teve situação semelhante a da Amanda, e que está no
CTI á 6 meses, e que a mãe só sobreviveu porque estava acompanhada de sua mãe
na sala de parto e esta começou a gritar, falando que sua filha desmaiou e estava
morrendo, pois estava perdendo muito sangue. Eles a levaram ás pressas para a sala


de cirurgia e tiraram o bebê fazendo uma cesariana. E a mãe tomou 3 bolsas de sangue
e ficou 8 horas na mesa de cirurgia.
14- Que bebê do leito 2 no CTI ao lado da minha sobrinha, a mãe também faleceu só que
eles a transferiram para o Salgado Filho e ela morreu lá.


Pessoal,não sei se escrevi tudo correto, mas peço a ajuda de vocês porque o que estou
sentindo é um misto de revolta e dor. Tem uma cratera aberta em mim e uma dor na alma tão
profunda que chego a senti-la na carne. Não tenho conseguido me alimentar, não consigo sair
do hospital,não durmo direito desde domingo.


Como na minha família todos sem exceção ficaram muito mal, eu tive que me vestir de uma
força que eu não tenho e resolver toda essa questão de enterro. Mas ter enterrado minha
sobrinha com 21 anos na flor da idade e saudável está me fazendo tão mal, que não sei como
explicar.


Só para que tenham noção da minha relação com minha sobrinha, eu fiz no 2º grau téc. De
enfermagem e a Amanda ficava fascinada quando me via de branco. No ano passado me
passado Amanda resolveu fazer téc. De enfermagem e me pediu ajuda, tentei persuadi-la para
uma outra área mas a nega tinha posição. Então fez prova para a FAETEC Quintino e passou,
cursou até o fim do ano, mas com a gravidez estava enjoando muito e resolveu trancar a
matrícula até o bebê nascer.


Amanda começou o pré-natal com 2 meses de gravidez e nunca teve problema algum de
saúde.Nunca foi internada durante a gestação, E nem tomou nenhuma medicação fora as
vitaminas normais. O bebê (Kauanne) nunca apresentou nenhum problema o último ultrassom
que está comigo a bebê tinha 3,500kg, e nenhum problema de formação.


Amanda estava muito feliz com essa gravidez e apesar do susto inicial da família quando ela
ficou grávida, todos ficaram felizes, pois a Amanda era muito meiga e amável com todos,
então nós apoiamos e começamos o enxoval, as festas (pois como já contei pra vcs na minha
família tudo é motivo para comemorar).


Amanda resolveu terminar o relacionamento com o pai do bebê porque não gostava mais dele
e ele tinha falado que o filho não era dele. Nós não ligamos porque o importante para nós era
que o filho era dela e ponto.


Amanda no dia 29/04 ás 09:00 hs começou a passar mal para ter o bebê pela manhã, foi a
Maternidade Leila Diniz e os médicos a mandaram voltar pois ainda não estava na hora.


Novamente por volta das 16 horas Amanda retornou para a Maternidade Leila Diniz e os
médicos disseram que ela já estava com 2,5 de dilatação, mas que não tinham vaga. Apesar
de aquela ter sido a maternidade de referência indicada para que ela procurasse quando fosse
ganhar o bebê. A médica perguntou se ela estava com carro aguardando, para que pudesse


levá-la a outra maternidade, ou se não Amanda teria que aguardar uma ambulância. A mãe da
Amanda informou que tinham condução própria e ela indicou a Maternidade Carmela Dutra
ou uma outra em Acari e afirmou que estas eram as duas que tinham vaga naquele momento.


Amanda deu entrada na Maternidade Carmela Dutra ás 19:14 hs tirou fotos no hospital, tomou
banho, a médica fez a sua anamnese, relatando que ela estava muito bem. Amanda mostrou
todos os exames e ultrassom e a médica disse que estava tudo bem. A Sandra tia que estava
acompanhando mostrou o medicamento que estava tomando para anemia e a médica disse
que ela estava bem.


Das 20:30 ás 03:00 da manhã Amanda sente falta de ar,tem taquicardia, reclama de estar sem
forças, e se sentindo fraca . A tia da Amanda disse que a médica pediu u exame de sangue,
antes da Amanda entrar em trabalho de parto e que o resultado chega minutos antes, mas a
médica disse em uma reunião com a família que ela só pediu o exame após o parto e perceber
a Amanda sem cor.


Às 03:00 os médicos resolvem fazer o parto da Amanda, pois dizem que Amanda já estava com
10 de dilatação. A Dr(a)Ana Cristina e o Dr(o) Wagner, começam o parto, o Dr(o) Wagner se
posiciona em cima da Amanda forçando a saída do feto, pois segundo ele Amanda não estava
cooperando. A Dr(a) Ana Cristina faz o corte para ajudar a saída do bebê que começa a sangrar
muito. Ela segura a cabeça do bebê e começa a puxar. O bebê nasceu sem respiração, e não
chorou as pediatras executam as técnicas de ressucitamento, o neném tem apgar 2’, 3’ e 4’, e
vai direto para o CTI. Amanda reclama de estar com sede, à doutora pede para dar água a ela.
A médica termina a suturação e manda que Amanda permaneça ali em observação. Pede para
que a enfermeira verifique a pressão, e batimentos. Os médicos colocam a Amanda no soro,
e ela começou a se debater segundo eles se motivo. O médico perguntou se ela já tinha feito
tratamento psiquiátrico e mandou que dessem a ela um calmante para que ela dormisse e se
acalmasse.


O que me chama atenção é que mesmo a Amanda com total dilatação conforme os médicos
dizem, ela ficou uma hora para ter o bebê, pois o bebê só nasceu ás 04:08. E após nascimento
do bebê Amanda ainda fica mais uma hora na sala fazendo sutura.


Às 06:35 a tia pergunta se Amanda está bem e se a avó do bebê pode subir, a médica D(a): Ana
Cristina responde que sim e fala que ela pode descer para fazer a troca.


Quando a mãe da Amanda sobe percebe a correria no setor e uma enfermeira a manda
descer. As 06:54 eles dão o óbito da Amanda.


Nós so conseguimos ver o corpo da Amanda e o bebê ás 09:30 da manhã após chamar a polícia
e a rede de TV chegar.


Ontem a família teve uma reunião com o diretor Dr(o) Sidney, os médicos Dr(a) Daiana (chefe
da equipe), a Dr(a)Ana Cristina e o Dr(o) Wagner que fizeram o parto, e eles não sabem
explicar o que houve, só que imaginam que o óbito tenha acontecido por conta da anemia. O
Dr(o) Sidney informou que entrou em contato com o IML e o mesmo já informou o resultado
do óbito dizendo que nada foi encontrado que indicasse um erro médico.


Eu gostaria de saber como o Dr(o): Sidney teve acesso a este laudo. Uma vez que foi eu quem
foi a delegacia e fez o RO solicitando necrópsica.


E o IML informou que o resultado leva de 30 a 60 dias para ficar pronto.


Quero saber então do que minha sobrinha morreu."



Para saber sobre a situação do Hospital de Ipanema, clique nesse link do JB Online: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2012/05/08/padilha-diz-que-hospital-federal-de-ipanema-nao-sera-estadualizado/

Para saber sobre a situação calamitosa da saúde no Rio, clique nesse link abaixo:
http://soniarabello.blogspot.com.br/2012/03/saude-no-rio-faltam-leitos-mas.html

Onde trafegam as bicicletas elétricas?

Chocante ver como bicicletas elétricas, verdadeiras mobiletes, trafegam muito veloz, no modo automático, na pista de bicicletas tradicionais! Não, não trata-se de preconceito devido ao tipo de bicicleta, mas sim a uma conscientização de que indo a 50 Km/h, velocidade de uma Honda Biz, o veículo representa um perigo para uma via onde deveriam ter, somente, bicicletas de pedal. Até porque essas bicicletas pedaláveis páram com mais facilidade e representam um perigo muito menor do que uma motorizada.

Ontem, ao trafegar com minha bicicleta na ciclovia, vi uma senhora montada na sua bicicleta elétrica trafegando na mesma via que eu, com a maior normalidade do mundo. Meu impulso foi dizer-lhe que era proibido aquilo, mas claro que ela não deu ouvidos.

Fiquei pensando em toda essa polêmica da bicicleta elétrica que foi apreendida na blitz da Lei Seca aqui no Rio e se essa senhora, assim como vários outros usuários desse tipo de veículo, não se deram conta que bicicleta elétrica, no modo elétrico, deve trafegar na rua junto com os outros veículos motorizados. Dessa forma oferece menos perigo aos ciclistas e aos pedestres. Cadê a consciência individual de respeito à vida? Porque consciência global, essa está bem longe de ser alcançada.

Mas a culpa total não é das pessoas, mas compartilhada com nossas autoridades que não legislam ou fiscalizam muitas coisas da nossa cidade que precisam de boas leis e fiscalização para que funcionem bem. O Prefeito da nossa cidade iguala a bicicleta elétrica às comuns, como podemos ver nessa matéria do site Terra, já o Denatran diz que as bicicletas elétricas devem ser tratadas como motos, com emplacamento e licenças apropriadas. E agora, como fica o usuário, qual lei deve seguir?

Veja mais sobre a polêmica das bicicletas elétricas e a falta de regulamentação nessa matéria do site O Globo: http://oglobo.globo.com/rio/o-domingo-das-bicicletas-eletricas-4827360


Patativa do Assaré: uma das histórias que o Brasil esqueceu contada magnificamente nos palcos

Há 2 semanas tive o privilégio de assistir a um dos melhores espetáculos teatrais que já vi até hoje. - Concerto de Ispinho e Fulô, da Cia Tijolo, de São Paulo. De forma linda, profunda e leve contaram a estória do poeta sertanejo Patativa do Assaré e do Sítio Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, a 40 minutos do Crato, no Ceará.

O Sítio Caldeirão do Deserto foi uma comunidade do interior do Ceará que vivia com leis próprias e com trabalhadores que não queriam se envolver com a sociedade além sítio. O que aconteceu foi que o Governo Getúlio Vargas, temendo que esta pequena comunidade se tornasse um outro Canudos, mandou destruir esse local. O Sítio foi bombardeado por aviões e massacrado por solo pelo exército na década de 30 com a justificativa de um medo do governo de que aquelas pessoas se rebelassem, como havia acontecido em Canudos. Foi uma grande chacina devidamente APAGADA da história do Brasil e do Ceará.

Apesar de não haver livros que contem essa história de resistência tão importante para o nosso país, uma vez que, hoje, resiste-se pouco a qualquer aberração proposta pelos governos e realizadas pelas autoridades brasileiras, Assaré e o Sítio do Caldeirão do Deserto ficaram eternizados e enaltecidos nos repentes sofridos de Patativa do Assaré.

Para saber sobre o Massacre do Sítio Caldeirão do Deserto, em Assaré, e conhecer mais da nossa história, clique aqui.

Com humor e descontração, a Cia Tijolo contou magnificamente a história de Patativa, seu sofrimento e seu amor po Assaré. Uma belíssima história de vida e resistência, de amor ao nosso país e a força e beleza da nossa cultura brasileira que merece ser contada em livros, cantigas, repentes e, por que não, ser incluida nas aula de História do Brasil. Uma peça que traz de volta o valor da cultura popular e faz uma boa referência à importância dos cearenses para a mão de obra no estado de São Paulo hoje.

Esse projeto iniciou da vontade de Dinho Lima Flor, ator, contar a história de Patativa do Assaré. A partir daí juntou-se atores de vários estados brasileiro e muita vontade de contar a história que a HISTORIA fez questão de esquecer. Além de toda essa riqueza, a peça ainda traz de volta a importância do rádio como principal meio de comunicação dessa época, comunicação de fatos e de tendências culturais. Nossa, como amei essa peça. Não sei quando vão se apresentar de novo, mas, se eu pudesse, investiria nesse espetáculo! Quem sabe através de croudsourcing?

Para conhecer mais sobre o projeto da peça, clique no Blog Concerto de Ispinho e Fulô