quinta-feira, março 10, 2011

O desenvolvimento sustentável nas questões governamentais: muita teoria e... onde está a prática?

Tenho mostrado exemplos de empresas que têm ações ligadas à sustentabilidade, tentando ( e às vezes conseguindo) realizar processos de gestão compartilhada e ações de responsabilidade social sem ser meramente assistencialistas. Considero essas ações muito importantes hoje, num mundo onde a sustentabilidade como forma de vida e filosofia de existência quase não existe. Penso que é importante divulgar e discutir os bons exemplos a que tenho acesso para conscientizar o máximo de pessoas possível.

Essa conscientização é o caminho para que tenhamos, também aqui no Brasil, uma população que entenda o que é sustentabilidade de verdade, na sua forma mais simples e verdadeira (tentei colocar a ideia em um post anterior - Sustentabilidade: o que é isso),  que saiba cobrar das autoridades governamentais políticas que tenham o cidadão como principal interessado e que respeitem nossos direitos a uma excelente qualidade de vida. E a comunicação pode ser uma grande ferramenta de transformação nesse sentido.

Hoje, na Inglaterra,  corre uma grande discussão sobre os novos rumos do Comitê de Desenvolvimente Sustentável que vai deixar de ganhar recursos do governo ainda esse ano. Não tendo como se bancar, o Comitê está buscando uma nova forma de se manter, mas conta com o apoio total dos cidadãos comuns, pois este é formado pela sociedade civil. Uma população que se preocupa em discutir e disseminar a sustentabilidade nacionalmente e incluir, de forma enfática, as ações de sustentabilidade nas políticas do país.

Parece que o novo primeiro ministro inglês tem uma opinião diferente sobre a inclusão da sustentabilidade nas metas do governo. Apesar de ter sido feito um documento de inserção das premissas sustentáveis no governo inglês (http://sd.defra.gov.uk/gov/vision/), membros do Comitê de Desenvolvimento Sustentável acham que não há uma preocupação em envolver os cidadãos comuns na questão da sustentabilidade. Isso está sendo combatido também pela Futerra, a agência de comunicação inglese totalmente voltada para a disseminação da sustentabilidade pelo mundo, http://www.futerra.co.uk/news/442, além dos cidadãos comuns que estão fazendo parte dessa discussão. A proposta de agência é criar um imposto de contribuição para a sustentabilidade, onde todos tenham que pagar e estejam envolvidos na questão. (http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-12620647)

Agora, pense como seria legal se os brasileiros também tivessem essa força de colocar em discussão questões estruturais com o governo. Acho que temos alguns representantes brasileiros que fazem essa pressão, como é o caso da ONG Inverde es seus membros - http://inverde.wordpress.com/. Mas que força temos, se optamos por não nos corrompermos? O que será discutido no Rio+20 que vai acontecer aqui no Rio de Janeiro no próximo ano? Deveríamos ter uma população mais engajada nas questões de desenvolvimento sustentável após 20 anos da Eco-92, né?

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