segunda-feira, janeiro 24, 2011

Constatações do cotidiano - Pessoas vão e vêm


A Ipanema cantada por Tom e Vinicius está ganhando mais frequentadores! A estenção das linhas do metrô estão proporcionando a milhares de pessoas circularem com mais comodidade (ou não, pois falar da qualidade do nosso transporte, daria outro post) no trecho Pavuna- Barra da Tijuca. Sendo assim, com a inauguração da estação do metrô da Praça General Osório, muitas pessoas vêm de looooooooonge para curtir o sol nas areias tão famosas de Ipanema. Afinal, a praia é para todos.

No entanto, não posso negar que, para mim, foi bem estranho ver uma família de 15 pessoas comendo frango com farofa (literalmente) na praia, produzido tanto lixo, umas 6 garrafas pet de 2L, usando aquele espaço de uma forma diferente da que eu estou acostumada a usar pelo menos. Eles falavam alto, ligavam um aparelho de som de vez em quado, trouxeram 2 bebês recém-nascidos para ficar em baixo de um sol de 40 graus... Estranhei tudo isso, mas quis me livrar de qualquer olhar preconceituoso.

Quando a família resolveu se preparar para ir embora, a questão que eu tinha, e mais algumas pessoas das barracas ao redor, era se a família ia recolher o seu lixo(era muita coisa), ou deixaria ali. Mas ficamos aliviados e felizes quando a 15å pessoa da família a deixar a areia recolheu todo o lixo restante e se virou para carregar as 6 garrafas pet de 2L até a lixeira.



Uma questão de costume e educação

É bem verdade que algumas pessoas da zona sul, antigas frequentadoras da praia de Ipanema, também não têm o bom costume de recolher o seu lixo da areia e levar até a lata de lixo mais próxima, o que de fato me causa um grande constrangimento. O fato é que eu amo a praia de Ipanema, talvez por ter quase nascido nela e fico triste em ver as pessoas que não cuidam bem dela.

Ao ver aquela família enorme, logo me perguntei como eu poderia abordá-la no caso de ninguém recolher o lixo. Foi bom que isso não foi necessário. Me perguntava se devia falar com a senhora mais velha, que não parava de comer coxa de frango e sanduiches, ou com os rapazes mais velhos. Tenho bastante vontade de disseminar os bons cuidados com a praia para quem eu puder, principalmente quando vejo lixo espalhado na areia, na beira do mar, e quando encontro restos de lixo nas águas do mar. Isso mexe muito comigo.

A vontade que tenho quando vejo um pedaço de papel, saco de biscoito, papel de picolé perto do mar é pegar este lixo e jogar na cara de quem estiver mais perto e parecer suspeito por ter jogado aquele lixo ali. Quantas vezes já não nadei no mar para pegar garrafas de plástico boiando... Pode soar estranho, mas essa falta de cuidado com a areia e o mar da praia me tiram do sério.

Pensando assim, faço um apelo para que todos sejam resposávis pelo lixo que produzem na praia e levem tudo embora. NAO SUJEM A PRAIA!! Enquanto isso, também podem ser feitas mais campanhas de conscinetização sobre o lixo na praia e também para os que chegam de ônibus ou metrô. Não é possível haver essa integração dos bairros, maior circulação de pessoas, sem haver de fato uma maior integração social, SOCIOEDUCACIONAL.

2 comentários:

Alessandra Sampaio disse...

Joanna querida,
praia suja é mesmo muito triste. Tb fico inconformada com lixo abandonado, para mim uma falta de consciência, civilidade e responsabilidade total de quem não cuida da basura q produz. Me sinto uma xiita na praia, recolhendo todo tipo de cacareco q encontro, seja na areia, seja no mar, fico muito incomodada com a inconsequência de quem não preserva o ambiente em q vive. Acho até q a falta de cuidado com q algumas pessoas tratam o meio ambiente tb deve se reproduzir em outras faltas, na própria vida de cada indivíduo q não se importa com seu entorno.
Bjs prá vc florzinha

Marcela disse...

Joaninha,
Sou a favor da igualdade social sempre, mas só iremos tê-la quando nossos representantes políticos investirem em EDUCAÇÃO!!!
Não tenho pré-conceito para com as pessoas que sonham em passar um dia na Zona Sul, ver pessoas bonitas, esbarras com os artistas no calçadão ... isso tudo é muito bom, e todos devem participar, porém o choque cultural é tão brutal, que sempre olharemos de rabo de olho e esperarmos o pior acontecer, como foi o caso do lixo, que felizmente foi destinado para o devido lugar, e o principal, feito pelos que o produziram. Acredito que a praia, como é, segmentada pelos seus públicos distintos e tão característico, perderá um pouco do seu cenário contidiano, o metrô, o ônibus, o trem ... chegou! Que bom?!!!