terça-feira, fevereiro 01, 2011

Redes sociais e sustentabilidade - um caminho a ser desvendado

Fonte da imagem: Blog Lucy Warin

Ontem participei de um fórum online (http://www.futerra.co.uk/news/431) sobre redes sociais e sustentabilidade realizado pelo jornal The Guardian em parceria com a organização inglesa Futerra, especializada em planeja, criar e executar comunicação sustentável (http://www.futerra.co.uk/).

Pude perceber, ao longo do debate, que muitas empresas estão investindo em redes sociais como uma ótima forma de engajamento com stakeholders, estimulando a participação destes na construção das estratégias corporativas. Como é o caso da cafeteria Starbucks, por exemplo, com o site/ blog "My Starbucks".

A empresa criou um canal de relacionamento onde o visitante é convidado a colaborar com suas ideias para que o Starbucks invista em melhorias para suas partes interessadas e ofereça melhores produtos, de acordo com as necessidades do seu consumidor. Isso inclui ideias para todas as áreas da empresa, desde oferta de produtos, criação de ambientes até projetos de sustentabilidade/ responsabilidade social. As ideias são votadas no site e as que tiverem maior votação, implementadas. (http://mystarbucksidea.force.com/apex/idealist?lsi=0)

No entanto, ficou evidente para mim como a utilização das redes sociais é uma coisa muito nova entre as organizações. Muitas ainda não sabem como fazer uma comunicação estratégica e eficaz através dessas novas mídias. Essa dificuldade fica ainda maior quando se fala em fazer uma comunicação sustentável, pois muito pouca gente que sabe o que isso quer dizer.

Há uma grande quantidade de empresas utilizando seus canais no you tube ou blogs para trazer os stakeholders para perto de seus projetos sociais. Isso já é um grande avanço no caminho rumo à sustentabilidade (esse nome grande, do qual muitos não sabem o significado, todos querem e poucos sabem como alcançar), pois o engajamento com stakeholders e a participação de todos na construção de estratégias organizacionais é uma das principais premissas de um processo e gestão sustentáveis.

Como exemplo de projetos de engajamento com stakeholders temos o cana Helathcare da Johnson&Johnson - http://www.youtube.com/watch?v=Y4iNLCosw8I&feature=related - o projeto Social Shopping Idea da Levis - http://www.youtube.com/watch?v=Ed5vJeaEuzA - ou o blog com os projetos sociais realizados pela FedEx - http://fedexcares.com/event/firstnight, onde o visitante pode se volutariar para fazer parte das ações e, de uma certa forma, ser também um embaixador da marca.

As redes sociais estão sendo usadas internamente para trazer os stakeholders para perto dos valores da marca da organização e criar, cada vez mais, embaixadores da marca. Através das redes sociais, o stakeholder engajado vai querer continuar seu relacionamento com a marca mesmo após deixar o ambiente de trabalho e contribuir para agregar ainda mais valor a ela, porque se sente parte da construção deste valor.

Senti falta, apenas, entre tudo o que vi nesse debate, da discussão sobre uma comunicação mais forte no sentido de as organizações realmente colocarem a responsabilidade de criar um mundo com mais qualidade de vida na mão dos stakeholders, através das redes sociais. Mas sei que este caminho está só no início. Valorizo muito as ações de responsabilidade social empresarial e acho fundamental o engajamento com as partes interessadas para que possamos dar o próximo passo, comunicar a sustentabilidade, fazer uma comunicação de educação para um mundo melhor, mais sustentável.

Quem quiser acompanhar as discussões sobre comunicação e sustentabilidade, segue o blog da Lucy Warin, consultora da Futerra. - http://www.futerra.co.uk/blog/lucy-warin

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