sexta-feira, abril 20, 2012

A Rio+20 se aproxima e é cada proposta absurda que aparece: Novo Autódromo destruirá Mata Atlântica


Vê se pode a Prefeitura da cidade que vai abrigar a Conferência da Rio+20, a nossa mesmo, consentir a destruição de um autódromo já pronto, para ser construído em outro lugar próximo e ainda num área de mata atlântica!!!!! O que há com esse povo? 
Pois bem, o que acontece é isso mesmo. Por mais absurdo que seja há um projeto para os jogos olímpicos que prevê a destruição do atual Autódromo de Jacarepaguá e a sua reconstrução a um kilômetro dali, numa sítio de relevante valor paisagístico e ambiental para a região, passando por cima de uma Lei de Proteção Ambiental!!! E pior, há, em Jacarepaguá, uma área, de posse do exército (mesma situação da área preservada onde querem construir), que já foi desmatada e pronta para ser utilizada, sem construção nem nada. Por que esse povo insiste em destruir várias áreas ambientais e fazer reconstruções sem fim?
Pelo que li na matéria abaixo da Andrea Redondo, há muitos interesses envolvidos nessa negociação, como os da Associação de Automobilistas, com certeza, do Governo e das empreiteiras prestadoras e serviços para a Prefeitura. Agora, até quando os interesses econômicos e políticos vão prevalecer sobre a preservação ambiental e a qualidade de vida?
Vejam abaixo o texto, na íntegra, de Andrea Redondo:
O Conselho Municipal do Meio Ambiente rejeitou a proposta de construção do novo autódromo do Rio na área do Morro da Estação, em Deodoro, e recomendou ao prefeito Eduardo Paes um novo local, a um quilômetro de distância. Aprovado por unanimidade, o relatório técnico mostra que o Morro da Estação, classificado pelo Plano Diretor como Sítio de Relevante Interesse Paisagístico e Ambiental, perderá espécies remanescentes da Mata Atlântica, também protegida por Lei Ambiental Federal. Trata-se de uma área pertencente ao Exército, e que equivale a 103 campos de futebol. Tem vegetaçao primária e secundária, com espécies que já alcançam mais de 4 metros de altura, num conjunto denso de floresta.
O presidente do conselho, Carlos Alberto Muniz, que é secretário de Meio Ambiente e vice-prefeito da cidade., concordou com a indicação do Consemac .O autódromo será uma concessão municipal. A prefeitura acordou formalmente   com a associação de automobilismo que só fecharia o antigo autódromo , em Jacarepaguá, quando o outro estivesse construído. .O local do atual circuito será usado para sede do Parque Olímpico.

Na reunião do Consemac, os técnicos ressaltaram que a zona Norte  é carente de áreas verdes e que perder uma cobertura de vegetação de Mata Atlântica para a construção de um autódromo vai em direção contrária à pol[itica de sustentabilidade. Ressaltaram a existência da área próxima à indicada, já quase sem vegetação, cujos impactos seriam muito menores. Esta outra área também pertence ao Exército.

O Rio sedia em junho o mais importante evento de cúpula de meio ambiente - a RIO+20 .e várias entidades ligadas a questão da sustentabilidade pretendem levar o tema aos debates. Na Câmara Municipal, as vereadoras Andrea Gouvêa Vieira e Sônia Rabello se movimentam para exigir  da prefeitura o atendimento à recomendação do Consemac.

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